GUERRA

Ataque russo com drone mata dois jornalistas na Ucrânia

Jornalistas foram identificados como Olena Hubanova, de 43 anos, e Yevhen Karmazin, de 33, que trabalhava como cinegrafista

(O Globo) Dois jornalistas morreram e um ficou ferido em um ataque russo com drone à Kramatorsk, situada no Oblast de Donetsk. Ucrânia, nesta quinta-feira, informaram autoridades e o canal de mídia local Freedom TV. O presidente Volodymyr Zelensky condenou o ataque.

Os jornalistas foram identificados como Olena Hubanova, de 43 anos, e Yevhen Karmazin, de 33, que trabalhava como cinegrafista, ambos para a Freedom TV. O canal confirmou as mortes e disse que os dois estavam em um carro em um posto de gasolina no momento do ataque.

O caso também foi confirmado pelo governador da região de Donetsk, Vadym Filashkin, que deu mais detalhes. O veículo foi atingido por um Lancet, um drone caro e poderoso, equipamento frequentemente usado contra tanques e veículos blindados. As informações são da Reuters.

Segundo o governo, um terceiro jornalista ficou ferido neste ataque, identificado como Oleksandr Kolychev. O caso será investigado por crime de guerra. Fotos mostram como ficou o veículo após ser atingido. É possível ver o carro vermelho destruído. Uma imagem mostra dois coletes à prova de balas com a identificação de imprensa, em que está escrito “press” no porta-malas, também destruídos.

Zelensky escreveu em seu perfil na rede social X que “esses não são acidentes ou erros, mas uma estratégia russa deliberada para silenciar todas as vozes independentes que relatam os crimes de guerra da Rússia na Ucrânia”.

O presidente da Ucrânia ainda destacou que a Rússia “matou 135 representantes da mídia” durante esta guerra na Ucrânia, iniciada há 3 anos, sem indicar quantos eram jornalistas.

Com uma população de cerca de 150 mil pessoas antes da guerra, Kramatorsk é uma das poucas áreas civis restantes na região de Donetsk ainda sob controle ucraniano. As forças russas estão a aproximadamente 16 quilômetros da cidade. No início deste mês, autoridades anunciaram a evacuação obrigatória de crianças de algumas partes da cidade e vilas vizinhas, lembrou a rede árabe Al Jazeera.