ESPAÇO

Corpo celeste 3I/Atlas pode cair na Terra? Veja resposta definitiva

Cometa passará a uma distância segura da Terra e risco de colisão inexiste, de acordo com especialistas da área

A notícia que a agência espacial norte-americana Nasa ativou o protocolo de defesa planetária em razão da trajetória do corpo celeste 3I/Atlas gerou receio e especulação em torno da possibilidade de colisão da Terra. Mas especialistas ouvidos a respeito do assunto são unânimes em dizer que o risco inexiste, e que o cometa transita a uma distância segura, permitindo que ele seja analisado por cientistas apenas como uma janela inédita para outros sistemas estelares (porque ele não se originou no nosso).

Os astrônomos explicam que esse é apenas o terceiro corpo celeste vindo de fora e já detectado no nosso sistema solar, o que gerou preocupação e até especulações de que poderia ter relação com algum tipo de vida extraterrestre. Os outros dois dessa natureza foram o asteroide 1I/’Oumuamua e do cometa 2I/Borisov.

A velocidade dele é muito alta, algo em torno de 210 mil km/h, e a órbita dele é hiperbólica, o que indica que o corpo está somente de passagem pelo nosso sistema solar. Dados coletados preliminarmente sugerem que o cometa pode ter mais de sete bilhões de anos, ou seja: é possível que ele seja mais antigo que o nosso próprio sistema solar, que tem 4,6 bilhões de anos.

“Isso representa uma chance sem precedentes de perscrutar os processos de formação de planetas e cometas em outras regiões da Via Láctea”, explica a imprensa especializada.

Na última quarta-feira (29), o 3I/Atlas atingiu a distância mais curta de que estará em relação ao Sol, de acordo com cálculos feitos a partir da órbita hiperbólica. O corpo ficou a 210 milhões de quilômetros do astro-rei e dentro da órbita de Marte, ou seja: ficou longe da Terra no momento de maior atividade e aquecimento solar.

Com a passagem pelo periélio concluída, o foco agora se volta para a aproximação máxima do cometa com o nosso planeta, ponto chamado de perigeu, que está previsto para ser alcançado em 19 de dezembro. Estima-se que ele passará a no máximo 270 milhões de quilômetros do nosso planeta.

Leia também