Monogamia: Vaticano manda recado aos católicos em novo decreto; veja
Também foi discutido as estruturas de relacionamento poliamoroso

O Vaticano enviou um recado claro aos fiéis nesta terça-feira (25): a monogamia deve ser seguida à risca e, segundo o novo decreto, “um cônjuge é suficiente”. O documento, aprovado pelo papa Leão XIV, reforça que o Vaticano mantém sua defesa da união exclusiva entre duas pessoas e alerta os católicos a evitarem múltiplos relacionamentos sexuais, retomando o entendimento tradicional da Igreja sobre casamento e família.
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O decreto, direcionado aos 1,4 bilhão de católicos no mundo, critica especialmente a prática da poligamia em algumas regiões da África — inclusive entre membros da própria Igreja — e reafirma que o casamento é um compromisso vitalício entre um homem e uma mulher. O texto não aborda relações entre pessoas do mesmo sexo, mas se concentra no que chama de “riqueza e fecundidade” do matrimônio tradicional.
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Casamento “exige exclusividade”
Segundo o documento, “todo casamento autêntico é uma união composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e totalizante que não pode ser compartilhada com outras”. A Santa Sé afirma que, por envolver duas pessoas com a mesma dignidade e direitos, o vínculo matrimonial exige exclusividade.
A discussão sobre como aplicar esses ensinamentos foi pauta de duas grandes cúpulas realizadas no Vaticano em 2023 e 2024, convocadas pelo falecido papa Francisco. Nessas reuniões, cardeais e bispos analisaram desafios contemporâneos, entre eles a poligamia praticada em alguns países africanos e a crescente expansão de modelos poliamorosos em nações ocidentais.
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“O poliamor, o adultério e a poligamia são baseados na ilusão de que a intensidade emocional pode ser encontrada em uma sucessão de rostos”, diz o decreto.
Divórcio não é reconhecido
O documento também reafirma que a Igreja não reconhece o divórcio, pois vê o casamento como um compromisso definitivo. No entanto, lembra que existe o processo de anulação — usado quando há dúvidas sobre a validade do casamento desde o início — e enfatiza que fiéis não devem permanecer em relações abusivas.
Com o novo decreto, o Vaticano busca reforçar sua posição histórica sobre o tema e enviar uma mensagem direta aos católicos em todo o mundo: a monogamia continua sendo a via considerada ideal pela Igreja — afinal, “um cônjuge é suficiente”.
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