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Mortes em Hong Kong vão a 65 após incêndio; 62 pessoas estão presas nos prédios

70 pessoas estão feridas, incluindo 10 bombeiros

O trágico incêndio que atingiu vários blocos residenciais em Tai Po continua repercutindo. As mortes em Hong Kong vão a 65 após o incêndio e 62 pessoas estão presas nos prédios, segundo atualização oficial divulgada nesta sexta-feira (27). As equipes de resgate trabalham sem descanso para localizar moradores que ainda não foram alcançados, apesar de todas as torres já terem tido o fogo apagado ou controlado.

O incêndio começou na manhã de quinta-feira (26) nos edifícios de Wang Fuk Court e se espalhou rapidamente pelo complexo, que passava por reformas e estava rodeado por andaimes de bambu — estrutura que contribuiu para a propagação intensa da fumaça. De acordo com as autoridades locais, o fogo foi extinto em quatro torres e controlado em outras três. Além das 65 mortes confirmadas, há pelo menos 70 feridos, entre eles 10 bombeiros.

Ainda não se sabe o que causou o incêndio, e uma força-tarefa foi criada para conduzir uma investigação completa. Enquanto isso, o governo de Hong Kong anunciou um fundo de apoio às vítimas, que já acumulou US$ 38 milhões em doações de empresas e entidades.

A polícia afirmou que os prédios estavam envoltos por telas de proteção e materiais plásticos fora dos padrões de segurança contra incêndio. Além disso, janelas de uma das construções estavam seladas com espuma instalada por uma empresa que realizava serviços de manutenção. “Temos motivos para acreditar que houve extrema negligência, o que levou ao alastramento descontrolado do fogo”, disse a superintendente Eileen Chung. Três funcionários da construtora foram presos sob suspeita de homicídio culposo.

Hong Kong é uma das poucas regiões do mundo que ainda utiliza bambu em larga escala na construção civil. Em março, o governo já havia anunciado um plano para eliminar gradualmente o material, após uma série de incidentes envolvendo incêndios em andaimes — pelo menos três somente neste ano, segundo a Associação para os Direitos das Vítimas de Acidentes de Trabalho.

Este é o incêndio mais mortal registrado na cidade desde 1996, quando 41 pessoas morreram em um prédio comercial no distrito de Kowloon. Naquela ocasião, o desastre provocou mudanças na legislação de segurança e nos padrões de construção.

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