Mulher desaparecida aos 3 anos é encontrada viva 41 anos depois; veja o que aconteceu
Caso de desaparecimento havia sido fechado em 2000

Uma mulher desaparecida aos 3 anos foi encontrada viva 41 anos depois, em um desfecho que chocou investigadores e familiares e ajuda a entender o que aconteceu ao longo de mais de quatro décadas de mistério nos Estados Unidos.
O caso começou em 2 de abril de 1983, quando Debra Newton avisou parentes que deixaria Louisville, no Kentucky, por causa de uma suposta oportunidade de emprego, levando consigo a filha pequena, Michelle Newton. Pouco tempo depois, mãe e filha desapareceram, dando início a buscas que mobilizaram autoridades e familiares. Com o avanço das investigações, Debra acabou indiciada por interferência de custódia e chegou a figurar entre as pessoas mais procuradas pelo FBI por sequestro parental.
Com o passar dos anos, as pistas esfriaram. O caso foi arquivado em 2000, e, em 2005, o nome da menina acabou retirado do banco de dados de crianças desaparecidas. A família ainda tentou reabrir as buscas em 2016, mas sem sucesso naquele momento.
A reviravolta aconteceu apenas em 2025, após uma denúncia anônima. Investigadores localizaram Debra Newton, então com 66 anos, vivendo sob o nome de “Sharon” no condado de Marion, na Flórida. Ela havia reconstruído a vida, se casado novamente e estava aposentada. A confirmação veio após comparação de fotos e teste de DNA com uma irmã de Debra.
Debra foi presa enquanto passeava com o cachorro, cena registrada por câmeras corporais da polícia. Nas imagens, ela afirma repetidas vezes que “não fez nada”, enquanto chama o atual marido ao perceber a abordagem dos agentes. Após a prisão, ela foi extraditada para o Kentucky, onde responde pelo crime de interferência de custódia de menores — uma acusação que não prescreve.
Mesmo com a detenção da mãe, Michelle ainda era considerada desaparecida. Até que a própria mulher, ao descobrir a verdade sobre sua identidade, entrou em contato com o gabinete do xerife. Segundo as autoridades, ela contou que nunca se enxergou como vítima de sequestro e vinha vivendo sob uma identidade falsa em outro estado.
O reencontro com a família aconteceu pouco depois. Em entrevista à imprensa local, o pai, Joseph Newton, descreveu o momento com emoção: “Eu não consigo explicar o que senti quando abracei minha filha depois de tanto tempo”. A história, que parecia encerrada, ganhou um final inesperado ao provar que um desaparecimento pode ter desfecho mesmo décadas depois.
Para a polícia, o caso reforça a importância das denúncias. “Muita gente acha que ligar para dar informações é ‘dedurar’. Não é. Você está ajudando vítimas e famílias”, afirmou um representante do xerife. Segundo ele, uma única ligação foi decisiva para resolver o mistério que durou 41 anos.