Sanders deixa corrida democrata pela Presidência dos EUA; Biden enfrentará Trump
Senador por Vermont fez anúncio pelo Twitter. Biden, que representará o partido Democrata, já foi vice-presidente

O senador social-democrata Bernie Sanders anunciou nesta quarta-feira que está deixando a corrida pela candidatura do Partido Democrata à Presidência dos Estados Unidos. Desta forma, o ex-vice-presidente Joe Biden será o representante da legenda que vai disputar nas eleições de novembro contra Donald Trump.
O anúnciou veio primeiro pelo Twitter, mas foi feito oficialmente durante uma transmissão ao vivo pelas redes sociais do senador na tarde desta quarta. Ao anunciar a desistência, o senador por Vermont fez uma ressalva: “Hoje estou suspendendo minha campanha. Embora a campanha termine, a luta por justiça continua“, escreveu.
Essa foi a segunda vez que o senador por Vermont concorria à Presidência americana. Em 2016, ele levou sua campanha até o final das primárias democratas, mas acabou perdendo para a ex-secretária de Estado Hillary Clinton.
Sanders chegou a ser o favorito no início do ano nas prévias do partido, tendo bons resultados nas primeiras votações e liderando as pesquisas. Porém, após a reviravolta de Biden na primária da Carolina do Sul, o social-democrata passou a perder terreno para o centrista. Sua derrota foi ficando cada vez mais clara com os resultados da Superterça, em março, quando Biden atraiu apoio de outros ex-candidatos centristas. Desde então, dirigentes da legenda pressionavam o senador para deixar a corrida.
O senador começou a transmissão agradecendo a todos que se envolveram na campanha, ressaltando a importância daqueles que doaram dinheiro à ela — o que, segundo o agora ex-candidato, mostrou que é possível fazer parte de uma corrida eleitoral sem depender do financiamento de grandes corporações e empresas. Sanders também reconheceu que não seria possível reverter a distância que tinha com seu adversário em relação ao número de delegados, já que há uma diferença de mais de 300 representantes entre eles. Ele afirmou, no entanto, que vai apoiar Biden na eleição contra Trump, a quem voltou a chamar de “o presidente mais perigoso”.