Trump coloca Brasília em lista dos ‘piores lugares do planeta’
Trump citou Brasília ao justificar o envio de 800 militares da Guarda Nacional para combater criminalidade em Washington
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, citou Brasília no momento em que apresentava motivos para enviar 800 militares da Guarda Nacional a Washington com objetivo de combater o que ele chagou de onda de ilegalidade.
Trump afirmou que a taxa de homicídios da capital federal americana atualmente é maior do que a “de alguns dos lugares que você ouve falar como os piores lugares do planeta”. “Vejam só. Bagdá… dobramos a nossa aposta em Bagdá. Cidade do Panamá, Brasília, San José, na Costa Rica, Bogotá, na Colômbia – drogas pesadas. Cidade do México, eu mencionei Lima, no Peru. […] Então, vocês querem morar em lugares assim? Acho que não”, disse Trump.
Em sua apresentação, o presidente norte-americano disse que Washington um índice de 41 homicídios a cada 100 mil habitantes, enquanto cidades como Lima, no Peru, aparece com 7 homicídios na mesma proporção, Bogotá, na Colômbia, com 11, Cidade do México, no México, com 8 e Brasília, com 13 homicídios a cada 100 mil habitantes.
A informação divulgada por Trump em relação ao Distrito Federal diverge dos dados consolidados pela Secretaria de Segurança Pública. O balanço da pasta apontou que, em 2024, foram registrados 6,8 homicídios por grupo de 100 mil habitantes, índice mais baixo desde 1977, que teve 14/100 mil, portanto é a menor taxa desse tipo de crime em 48 anos.
Também há controvérsia com relação aos dados sobre violência em Washington, segundo a CNN. A apuração da rede de notícias norte-americana aponta que os os números totais de crimes são menores do que em 2024, de acordo com uma comparação preliminar feita pelo Departamento de Polícia Metropolitana de Washington, seguindo uma tendência semelhante de queda nas taxas de criminalidade nas principais cidades dos EUA.
“Estou mobilizando a Guarda Nacional para ajudar a restabelecer a lei, a ordem e a segurança pública em Washington”, disse Trump ao lado de autoridades do governo, incluindo o secretário de Defesa Pete Hegseth e a procuradora-geral Pam Bondi.