Estados Unidos

Trump diz que tinha “todo o direito” de interferir nas eleições de 2020

“É uma loucura que meus números não subam", argumentou Trump ao dizer que tinha direito de interferir nas eleições

Ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump (Foto: Reprodução)

Em entrevista concedida neste domingo (1º) à Fox News, o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump afirmou que tinha ‘todo o direito’ de interferir na eleição presidencial de 2020, da qual Joe Biden saiu vencedor.

Ele é réu em quatro casos de caráter criminal, dois deles sobre a tentativa de interferência eleitoral na contagem de votos no estado da Geórgia. Também responde pelos seus esforços para permanecer no poder após a derrota.

“É uma loucura que meus números não subam. Quem já ouviu falar de alguém que foi indiciado por interferir em uma eleição presidencial na qual você tem todo o direito de fazer isso?”, disse Trump.

Em uma declaração divulgada no dia seguinte, a porta-voz da campanha de Kamala Harris, Sarafina Chitika, afirmou que os comentários de Trump “deixam claro que ele acredita estar acima da lei” e que são outro exemplo do “caos, medo e divisão” que os americanos presenciaram sob o governo Trump: “Agora, Trump está alegando que tinha ‘todo o direito’ de interferir na eleição de 2020. Ele não tem.”

Trump responde por quatros acusações por seus esforços para permanecer no cargo após sua derrota nas eleições de 2020 e seu papel nos eventos que levaram ao ataque do Capitólio. Três são de conspiração em conexão com seu esforço para permanecer no poder: uma para fraudar os EUA, outra para obstruir um processo oficial do governo e uma terceira para privar pessoas de direitos civis previstos em lei federal ou na Constituição. O magnata também foi acusado de tentar obstruir um processo oficial — a certificação dos resultados pelo Congresso.