Vídeos mostram reencontro de reféns do Hamas com familiares após dois anos de cativeiro
Sobreviventes do 7 de outubro foram entregues ao Exército israelense

Após 738 dias de cativeiro na Faixa de Gaza, reféns israelenses do grupo terrorista Hamas foram libertados e começaram a retornar a Israel nesta segunda-feira. Nas redes sociais, as Forças de Defesa de Israel (IDF) divulgaram imagens do reencontro entre os sobreviventes dos ataques terroristas do 7 de outubro de 2023 e familiares, após dois anos de cativeiro.
Após 738 dias de cativeiro na Faixa de Gaza, reféns israelenses do grupo terrorista Hamas foram libertados e começaram a retornar a Israel nesta segunda-feira. Nas redes sociais, as Forças de Defesa de Israel (IDF) divulgaram imagens do reencontro entre os sobreviventes dos ataques terroristas do 7 de outubro de 2023 e familiares, após dois anos de cativeiro.
Horas antes da libertação, o pai de Eitan, Zvika Mor, disse à rádio do Exército Israelense que a família ainda não havia decidido quais seriam as primeiras palavras que diriam ao filho quando o reencontrassem.
— Ainda estamos debatendo qual será a nossa primeira frase para ele, mas o que sabemos com certeza é que começaremos com um abraço longo e forte, com um silêncio que lhe diz o quanto sentimos sua falta e o quanto estávamos preocupados. O principal é apenas segurá-lo — disse Mor, que faz parte do Tikva Forum, um pequeno grupo de familiares de reféns que se opôs a acordos anteriores que envolveram a libertação de alguns israelenses em troca de prisioneiros palestinos.
Outro vídeo mostra o momento em que Gilboa-Dalal, também presente no primeiro grupo de sobreviventes que deixou a Faixa de Gaza nesta manhã, revê a família pela primeira vez após dois anos.
Neste grupo, que foi entregue pelo Hamas por volta de 08h10 (02h10 em Brasília) e transferido pela Cruz Vermelha aos militares israelenses cerca de uma hora depois, estavam também Omri Meiran e os gêmeos Gali e Ziv Berman. Imagens deles também foram divulgadas pelas IDF. “A espera acabou. Após 738 dias, a família de Omri Miran o detém novamente”, publicou o perfil das forças armadas de Israel no Instagram:
Antes mesmo da confirmação da libertação dos demais reféns, alguns dos sequestrados puderam falar com familiares em Israel. Imagens divulgadas por suas famílias que mantiveram contato por chamada de vídeo se propagaram pelas redes sociais, enquanto fontes palestinas afirmaram que o contato foi autorizado pelo Hamas.
— Primeiro, rejeitei a ligação porque não reconheci o número — disse Silvia Cunio, mãe de David e Ariel, em entrevista ao Canal 12. — Eles parecem perfeitamente bem. A barba de David está um pouco mais branca, mas tudo bem. Eu disse a eles que os amo.
Em um comunicado divulgado pouco após a confirmação da entrega do primeiro grupo de reféns à Cruz Vermelha, as Brigadas al-Qassam, braço armado do Hamas, afirmaram estar comprometidas a cumprir os termos do acordo, desde que Israel mantivesse sua parte.
“O inimigo não conseguiu recuperar os seus prisioneiros através da pressão militar, apesar da sua Inteligência superior e do poder excedente que possui. Agora, rendeu-se e recuperou os seus prisioneiros através de um acordo de troca, como a resistência prometeu desde o início”, diz a nota.
A entrega dos reféns cumpre a etapa inicial da primeira fase do acordo entre Israel e Hamas. O Estado judeu se comprometeu a libertar, em troca, 250 prisioneiros palestinos condenados a penas de prisão perpétua e outros 1.700 presos no enclave durante o conflito. Preparativos para a libertação já eram realizados na prisão de Ofer, antes do retorno dos reféns. A libertação dos prisioneiros deve ocorrer após o retorno dos reféns.
Via O Globo