AO VIVO: CPI ouve epidemiologista e diretora da Anistia Internacional do Brasil
Participação dos dois deve trazer debate sobre medidas não farmacológica e dados sobre as mortes causadas na pandemia

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid vai ouvir, nesta quinta-feira (24), o epidemiologista e pesquisador da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pedro Hallal, e a diretora-executiva da Anistia Internacional Brasil e representante do Movimento Alerta, Jurema Werneck. Eles devem falar sobre a relevância das medidas não farmacológicas no enfrentamento da pandemia e dados coletados em um estudo realizado sobre as mortes causadas pela Covid-19, respectivamente.
Inicialmente, eles prestariam depoimentos na próxima sexta-feira (25), mas a oitiva foi antecipada pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), em razão do adiamento da oitiva de Filipe Martins, assessor internacional da presidência da República.
A convocação dos dois representantes ocorre após pedido de Renan Calheiros (MDB-AL). Em requerimento, o relator da CPI destaco que Pedro Hallal conhece a situação brasileira em relação à pandemia, bem como sobre as políticas públicas a serem adotadas.
“Por ser gestor, médico, acadêmico e cientista de grande respeitabilidade nacional e internacional, certamente contribuirá para que os integrantes desta comissão possam avaliar os fatos com a profundidade que merecem”, ressaltou.
Já Jurema foi convocada por ser “necessária”, como descrito por Renan. Segundo ele, a profissional vai subsidiar os parlamentares com informações e esclarecimentos vinculados à sua atuação. O Movimento Alerta, do qual Jurema faz parte, é formado por entidades da sociedade civil, como Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Oxfam Brasil, Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC), Anistia Internacional Brasil e Arquidiocese de São Paulo. Todos eles trabalham na consolidação de dados e informações sobre mortes ocorridas durante a pandemia.
“Nesse sentido há, inclusive, estudo feito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade de São Paulo (USP), que faz levantamento e cálculo do excesso de mortalidade em cada estado da federação e analisa as internações e óbitos por covid-19, com foco nas falhas e problemas de qualidade de atendimento no sistema de saúde”, informou Renan no requerimento.
