Calheiros e Randolfe entregam relatório da CPI ao MPF, nesta quinta
Procuradora-chefe do DF parabenizou o trabalho dos senadores

O Ministério Público Federal (MPF) recebeu, nesta quinta-feira (28), o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, do Senado. Os senadores Renan Calheiros (MDB-AM) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), relator e vice-presidente do colegiado, entregaram o documento à procuradora-chefe da unidade do MPF no Distrito Federal, Anna Paula Coutinho de Barcelo Moreira, e sua substituta, Ana Carolina Alves Araújo Roman.
A unidade, destaca-se, é responsável por investigar as denúncias no relatório que são vinculadas a pessoas sem foro de prerrogativa de função. Inclusive, já tramitam no MPF processos referentes à gestão da pandemia no país.
Anna Paula parabenizou o trabalho dos senadores. Ela, contudo, não estará a frente das investigações.
“A mim, como chefe desta casa, cumprindo atualmente funções administrativas, não caberá a condução das investigações, mas tenho a certeza de que os colegas procuradores com procedimentos relacionados a esse relatório dedicarão todos os esforços e empenho necessários para que a Justiça seja promovida, com o esclarecimento dos fatos e responsabilização dos envolvidos”, destacou.
Já Randolfe colocou o Senado Federal à disposição para qualquer esclarecimento. “Temos a certeza de que as investigações irão avançar e isso ajudará a esclarecer principalmente os personagens que tiveram papel destacado no conjunto desse relatório.”
O senador disse, ainda, eles levarão o documento ao Ministério Público do Trabalho, nesta tarde, posteriormente, ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).
Aprovação do relatório da CPI da Covid
O colegiado aprovou o relatório final da CPI da Covid-19 de Renan Calheiros, com 80 pedidos de punição. Os senadores acataram o documento por 7 votos a 4 na noite de terça-feira (26).
Os alvos são 78 pessoas e duas empresas. Entre as autoridades acusadas estão o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e os filhos Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro.
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