CONGRESSO

Câmara discute proposta do distritão às 22h30 desta quarta

Proposta do Distritão será discutida pela comissão especial da Câmara Federal nesta quarta-feira (4), às…

Proposta do Distritão será discutida pela comissão especial da Câmara Federal nesta quarta-feira (4), às 22h30. Antes, contudo, ocorre um primeiro encontro, às 18h.

Para o deputado federal por Goiás Rubens Otoni (PT), essa matéria não pode ser prioridade a ponto de se votar na madrugada. “O Brasil vive uma crise sanitária grave e a nossa ação deve se concentrar em salvar vidas. Isso significa garantir vacina para todas as pessoas e renda para que todas as famílias tenham dignidade”, avalia.

O deputado Paulo Pimenta (RS), também do PT, criticou o agendamento pelo Twitter. “Votação do Distritão foi agendada para as 22h30 no Congresso, acham que podem enganar a população! Aprovar essa proposta significa menos diversidade na política, campanhas caríssimas e partidos políticos. Não podemos aceitar”, escreveu.

Da mesma forma, o filho do presidente Bolsonaro (sem partido), Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), também disse ser contrário a medida. “Sou contra o distritão. Distritão não.”

Distritão

É preciso esclarecer que a proposta de emenda à Constituição (PEC) chamada de “distritão” acaba com o quociente eleitoral – ou seja, deputados seriam eleitos por maioria de votos, como senadores e membros do Executivo. Vale lembrar, em 13 de julho a deputada Renata Abreu (Podemos-SP) emitiu parecer propondo a adoção da medida.

Para passar no plenário, contudo, a PEC precisa ser aprovada por três quintos dos votos dos deputados (308) e dos senadores (49). Destaca-se, o distritão já foi votado, no passado. Ele foi rejeitado pela Câmara em 2015 e 2017.

Goiano

À Coluna da Tainá Borela, o deputado estadual Lucas Calil (PSD) disse que o distritão torna a eleição um “cada um por si”. O parlamentar afirmou que, se a PEC passar, pode mudar de partido e que tem uma preferência pelo MDB.

“Minha relação com o MDB é muito boa e nunca escondi isso. Tenho uma boa convivência e amizade com Daniel Vilela e com Gustavo Mendanha.”

Contudo, caso tudo fique como está, ele também não deixa o PSD. Na análise da colunista, se o distritão for aprovado será o fim das bancadas da rabeira, com candidatos agraciados pela eleição daqueles que tiveram grandes votações dentro das chapas. Por outro lado, o distritão vai reduzir também a diversidade de candidaturas e privilegiar os nomes mais conhecidos.