CEI da Comurg começa como uma das mais disputadas da história da Câmara de Goiânia
Partido de Rogério Cruz está no centro de luta fratricida por vaga na CEI da Comurg

Instalada na terça-feira (14), a Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Comurg já está entre as mais disputadas por vereadores na história da Câmara Municipal de Goiânia. O poderoso Republicanos, partido do prefeito Rogério Cruz, está no centro de uma luta fratricida por uma das sete cadeiras da comissão.
A legenda de Cruz tem três dos cinco membros do bloco Liberdade, que foi formado pelo vereador Leo José com o firme propósito de garantir a relatoria dos trabalhos – e portanto, manter sob a batuta do Paço Municipal o controle das investigações, que, a princípio, têm 120 dias (prorrogáveis) para apresentar suas conclusões sobre onda de denúncias contra a Comurg.
Quando tudo parecia resolvido, uma reviravolta tirou Leo José, que é sobrinho do secretário de Governo, Jovair Arantes, também do Republicanos, da liderança do bloco. O movimento, patrocinado por Sabrina Garcez (Republicanos), Cabo Senna (Patriota) e Anderson Bokão (Solidariedade), acabou derrubando a indicação de Leo para titular e da vereadora para suplente dos trabalho.
A ofensiva de Sabrina teve reação na mesma intensidade: depois de garantir a indicação de seu nome para o assento permanente da CEI, a vereadora viu o secretário Jovair Arantes entrar no circuito para desfazer o jogo e indicar Isaías Ribeiro, o terceiro membro do Republicanos na comissão, para a vaga dela.
A disputa deve entrar noite adentro e já insere a CEI da Comurg entre as mais disputadas por vereadores na história da Câmara de Goiânia. Na avaliação de vereadores, o movimento sugere que as apurações têm tudo para dar muita dor de cabeça para a Prefeitura.
Quatro blocos e um partido indicaram membros titulares da comissão: Thialu Guiotti (Avante) e Paulo Henrique da Farmácia (Agir), pelo Bloco Ordem; Ronilson Reis (PMB), pelo Bloco Goiânia Transparente; Pedro Azulão Jr. (PSB), pelo Bloco Independência; Welton Lemos (Podemos), pelo Bloco Vanguarda; e Henrique Alves, indicado pelo MDB. O sétimo integrante titular ainda será indicado.