"Destravando" a urna

Coach goiano resgatado de morro com alunos em SP lança pré-candidatura à Presidência da República

O palestrante goiano e coach Pablo Marçal se lançou como pré-candidato à presidência da República…

O palestrante goiano e coach Pablo Marçal se lançou como pré-candidato à presidência da República pelo PROS em evento evangélico ocorrido no último domingo (1), em Barueri (SP). Ele ficou nacionalmente conhecido depois que  liderou 60 pessoas em expedição ao Povo dos Marins, São Paulo, no ano passado. Sem equipamentos e em meio a chuva torrencial, 32 participantes precisaram ser resgatados pelos bombeiros.

Marçal, que promove discursos que aliam religião e meritocracia, agora quer se uma alternativa à chamada terceira via nas eleições desse ano. “Sessenta por cento do eleitorado não quer votar em nenhum dos dois [Bolsonaro ou Lula] e está com o voto no bolso esperando entregar a carta de confiança para alguém. E essa pessoa não virá da terceira via, que é uma profecia de um grupo político muito forte e não somos deste grupo”, diz.

Pablo Marçal avalia que é possível fazer uma política diferente, “que ainda não foi feita”. “Não somos da terceira via, ela não conseguiu vingar. O Brasil está nessa indecisão e nesse medo de olhar novos candidatos e diferentes”, aponta.


O coach possui mais de 2 milhões de seguidores no Instagram e ficou famoso pela mistura que faz entre religião e discurso meritocrático.

Nascido em Goiânia, Pablo Marçal tem 34 anos e foi funcionário de uma empresa de telefonia e consultor empresarial. Ele vende cursos que podem custar até R$ 3 mil, nos quais promete “destravar códigos da prosperidade e do governo da alma”.

Polêmica

Pablo Marçal foi alvo de uma polêmica ao comandar uma expedição, sem preparo técnico, com 60 pessoas em meio à forte chuva, sem equipamentos adequados e fora de época recomendada, ao Pico dos Marins, em Piquete, interior de São Paulo. Bombeiros precisaram intervir para que 32 duas pessoas pudessem retornar em segurança.

Depois disso, decisão judicial proibiu Marçal de realizar atividades em picos, montanhas, ou espaços de natureza sem autorização da polícia ou de órgãos municipais.