Deputado do PSDB diz que mudança vai precarizar serviços do Ipasgo
Parlamentar afirma que projeto representa privatização do instituto

O deputado José Machado (PSDB) diz que a mudança no regime jurídico do Ipasgo vai “não apenas precarizar os serviços de saúde oferecidos, mas desvalorizar o esforço e a dedicação dos profissionais que prestam serviços ao instituto”. O tucano votou contra o projeto do governo estadual, aprovado nesta quarta-feira (20), na Assembleia Legislativa.
Ele classifica a alteração como privatização do instituto e diz que ela “ameaça esse elo, trazendo incerteza e insegurança aos que mais dependem desse serviço”.
José Machado teme que a mudança da natureza jurídica do Ipasgo possa abrir espaço para o “apadrinhamento político”, afetando a independência e a eficiência administrativa do instituto. “A saúde dos servidores públicos não deve ser objeto de barganhas políticas e interesses escusos”, adverte ele.
“Transformar essa instituição em um Serviço Social Autônomo, pode colocar em risco a qualidade e a continuidade desses serviços, que são fundamentais para a dignidade e o bem-estar dessas pessoas”, acrescenta.
“É importante lembrar que, por trás de cada servidor público, há uma família, uma história de vida, sonhos e lutas”, afirma ele. “Não podemos permitir que o mercado e o lucro sejam colocados à frente da saúde e da qualidade de vida de nossos servidores públicos e suas famílias”, protesta.
O parlamentar entende que a falta de transparência no processo de alteração da natureza jurídica do Ipasgo é preocupante. “As justificativas apresentadas pelo governo para essa mudança são vagas e não garantem que a qualidade dos serviços prestados será mantida”, explica.
“Devemos defender o caráter público do Ipasgo, para que ele continue cumprindo seu papel social, garantindo o acesso à saúde de qualidade aos servidores públicos e suas famílias. A saúde é um direito fundamental, e cabe ao Estado zelar por ela. Privatizar o Ipasgo é desconsiderar a importância desse direito e a dignidade dos servidores públicos goianos”, finaliza.