Dino diz que tentar associar plano contra Moro a Lula é “vil”
Ele se referiu ao suposto plano da facção criminosa PCC contra o senador

Ministro da Justiça, Flávio Dino (PCdoB) afirmou ser “vil, leviana e descabida qualquer vinculação desses eventos com a política brasileira”. Ele se referiu ao suposto plano da facção criminosa PCC contra o senador e ex-ministro Sergio Moro (União Brasil-PR) e a tentativa de ligá-lo a Lula (PT).
Destaca-se, parlamentares da oposição tentam associar os atos criminosos à declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao site Brasil 247, na terça-feira (21). Na ocasião, o petista afirmou que pensava em se “vingar” de Moro quando estava preso. Segundo ele, quando perguntado pelas autoridades se estava bem, dizia: “Só vai ficar bem quando eu f*** com o Moro.”
Para Dino, trata-se de absurdo tentar forçar essa relação. “Eu fico espantado com o nível de mau-caratismo de quem tenta politizar uma investigação séria, tão séria que foi feita em defesa da vida e da integridade de um senador de oposição ao nosso governo”, disse em coletiva de imprensa.
E completou: “Nós estamos vendo em redes sociais uma narrativa escandalosamente falsa de que haveria uma relação entre entrevistas ou declarações do senhor presidente da república com estes planejamentos. Isso é um disparate, uma violência e nós não aceitamos isso.”
O ex-presidente Bolsonaro (PL), vale citar, usou o caso para culpar a esquerda. Em sua postagem no Twitter, ele ainda citou o caso Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André encontrado morto em janeiro de 2002 e o atentado que ele próprio sofreu durante a campanha de 2018, quando foi esfaqueado por Adélio Bispo.
“Em 2002 Celso Daniel, em 2018 Jair Bolsonaro e agora Sergio Moro. Tudo não pode ser só coincidência. O Poder absoluto a qualquer preço sempre foi o objetivo da esquerda”, escreveu. “Nossa solidariedade a Sérgio Moro, Lincoln Gakiya e familiares.”
Operação
Nesta quarta-feira (22), a Polícia Federal (PF) cumpriu 24 mandados de busca e apreensão, sete prisão preventiva e quatro prisão temporária no âmbito da Operação Sequaz. A ação foi para desarticular um suposto plano do PCC de sequestrar e matar funcionários públicos e autoridades. Entre elas, o senador Sergio Moro e um promotor de Justiça, Lincoln Gakiya.
A ação ocorreu em em Roraima (RO), Distrito Federal (DF), Mato Grosso do Sul (MS) e São Paulo (SP) e Paraná (PR). Os ataques ocorreriam simultaneamente.