Reconhecimento facial

Estádios de Goiás podem receber câmeras para combate ao racismo e vandalismo

O texto prevê ainda reconhecimento de pessoas em porte de armas de fogo ou armas brancas

Tramita na Assembleia Legislativa (Alego) um projeto de lei que pretende instalar câmeras de monitoramento de 360º em estádios em Goiás. A medida tem o objetivo de combater atos racistas e de vandalismo em eventos esportivos no Estado. A matéria está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da casa.

O projeto, de autoria do deputado estadual André do Premium (Avante), prevê que as câmeras de monitoramento tenham dispositivo de reconhecimento facial e sejam capazes de apontar pessoas que portam armas brancas ou de fogo.

Dispositivos deverão ser posicionados de modo a registrar imagens de toda torcida e pontos de concentração de torcedores. A meta é utilizar os equipamentos para combater quaisquer tipos de atividades criminosas nos recintos esportivos.

“É indubitável que a instalação de câmeras de reconhecimento facial nesses locais inibirá a ação criminosa, pois o delinquente saberá que ser reconhecido, e, se, ainda assim, praticar o crime, as câmeras o identificarão. Não bastasse, as câmeras também facilitarão a localização de eventuais criminosos foragidos e de pessoas desaparecidas”, argumenta o deputado.

Casos

Para justificar o projeto, o parlamentar se apoia em casos de racismo amplamente divulgados como o do jogador brasileiro Vini Jr, na Espanha, e cita casos de Ronaldo, Daniel Alves e Eto’o. Recentemente, um torcedor do Atlético Goianiense, de 54 anos, foi preso em flagrante por injúria racial. O caso aconteceu durante um jogo da Série B do Brasileirão em agosto, no estádio Antônio Accioly, em Goiânia.