Governo Lula: empaca a nomeação de cargos federais no estado
Petista ainda não desatou o nó político para ocupação de chefias em Goiás

A nomeação dos titulares de dezenas de cargos de chefia de órgãos federais no estado ainda não avançou nestes quase três primeiros meses do governo Lula. À exceção do comando da Polícia Rodoviária Federal, cuja superintendência já foi trocada, continuam à frente dos cargos as mesmas pessoas escaladas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
Ibama, Incra, Iphan, Secretaria do Patrimônio da União, Correios, Dnit, Inmetro, Delegacia do Trabalho, Caixa Econômica Federal, Receita Federal, Superintendência de Agricultura e Pecuária, Banco do Brasil, ICMBio, Funai, Codevasf entre outras empresas e autarquias federais não tiveram mudanças na direção.
Alguns cargos, pela importância e orçamento relevantes, são disputados quase à tapas pelos políticos. É o caso, por exemplo, do Iphan e da Codevasf. A última é comandada por Marcelo Andrade Moreira Pinto, indicação do senador Vanderlan Cardoso (PSD), aliado de primeira hora do ex Jair Bolsonaro. Com a posse de Lula, o deputado federal Rubens Otoni (PT) cresceu os olhos e tenta emplacar o nome do advogado Edilberto Dias à frente da companhia. Com disputa, a nomeação travou.
O certo é que os petistas goianos, por mais apetite político que tenham, não vão ocupar a maioria dos cargos federais em Goiás. Como é de costume em todas as gestões, eles serão loteados e distribuídos entre os parlamentares da bancada goiana em Brasília.
Como os órgãos tem dinheiro, poder e influência que podem se transformar em votos, a briga de foice pelo comando dessas estruturas sustentadas pelo dinheiro do pagador de impostos ainda terá vários capítulos, com muitas histórias de bastidores quentes, traições e rasteiras na calada da noite.