Grupo mobiliza protesto a favor da cota de gênero nas eleições
Mulheres contestam partidos que não cumpriram mínimo de 30%

Grupo formado por mulheres mobilizou protesto em frente ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) na manhã desta terça-feira (1) para cobrar o cumprimento da cota de gênero nas eleições municipais de 2020. Elas denunciam que pelo menos noves partidos não tiveram candidatas mulheres em número suficiente em Goiânia.
A manifestante Patrícia Mendes diz que a mobilização foi feita para que a lei se cumpra. “O TRE tem que anular a votação desses vereadores. Se o partidos não cumpriram os 30%, como foram eleitos?”, questiona. Ela ainda acusa algumas siglas de usarem mulheres como laranjas e não investirem nas candidatas.
O Pros chegou a contestar na Justiça Eleitoral o Cidadania por suposto descumprimento da norma estabelecida pelo judiciário. O vereador eleito Marlon dos Santos (Cidadania) chegou a ter a diplomação cassada. No entanto, o juiz Wild Afonso Ogawa revogou a própria decisão e considerou que a ação deve ser julgada em conjunto com outras da mesma natureza que estão sendo avaliadas pela 146ª zona eleitoral.
Partidos que são alvo da ação, no entanto, contestam alegando que as suas cotas estavam preenchidas no momento em que registraram as candidaturas, com deferimento do Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (Drap). Desistências teriam ocorrido após esse registro.
Segundo estabelece a lei eleitoral, as siglas precisam cumprir mínimo de 30% de candidaturas femininas sob o risco de não poderem disputar as eleições.