BASTIDORES DA POLÍTICA

Mabel diz que escolha por Bessa teve respaldo de vereadores “da situação e oposição”

Além da indicação de Bessa, prefeito falou em ampliar equipe com vice-líderes no Legislativo

O prefeito Sandro Mabel (União Brasil) apresentou nesta segunda-feira (8) o vereador Wellington Bessa (DC) como novo líder do governo na Câmara Municipal de Goiânia. O cargo estava vago desde a saída de Igor Franco (MDB), destituído após assinar a CEI da Limpa Gyn e votar pela revogação da taxa do lixo, em primeira votação.

Durante a coletiva, Mabel afirmou que a indicação de Bessa foi resultado de consulta aos parlamentares. “O Bessa é um vereador experiente, tem o respeito dos outros vereadores. Nós fizemos uma consulta e a grande maioria, tanto a situação quanto a oposição, tem um bom relacionamento com ele”, disse.

O prefeito anunciou ainda que pretende ampliar a equipe de articulação política com a criação de vice-líderes na Câmara. “A tarefa lá é árdua, é muita coisa ao mesmo tempo. Então, ele vai escalar um time de vice-líderes também”, disse.

Sobre Igor Franco, Mabel evitou críticas e agradeceu pelo período em que o emedebista ocupou a função. “Ele atuou bem, ajudou a passar diversos projetos na Câmara. Espero que continue nos ajudando”, afirmou. Ao Mais Goiás, Franco também levantou bandeira branca, desejou sucesso ao novo líder e disse que deseja o melhor para a gestão.

Na mesma entrevista, o prefeito voltou a comentar a pauta legislativa do semestre, citando a necessidade de ajustes no Instituto de Assistência ao Servidor Municipal (Imas). “O nosso funcionário precisa ter um plano de saúde que funcione. Estamos reestruturando o Imas e isso certamente irá passar pela Câmara”, disse.

Mabel também voltou a reforçar posição firme contra a revogação da taxa do lixo, que voltou ao centro do debate após derrota do Executivo em plenário na primeira votação. “É completamente inconstitucional. A prefeitura vai vetar. Se insistirem, vou colocar a Lei de Responsabilidade em cima de quem votar a favor. A taxa é uma obrigação, não passa a ser escolha”, declarou.

De acordo com ele, cerca de 200 mil pessoas que integram o CadÚnico ou possuem isenção de IPTU não pagam a taxa, mas é necessário garantir a cobrança para os demais. “A prefeitura paga uma parte muito grande que deveria ser paga pelo contribuinte. O que estamos tentando é conscientizar a população a não desperdiçar, porque isso encarece o serviço”, afirmou.