Moraes e ministro interino do GSI se reúnem nesta segunda
Encontro acontece depois do Gabinete de Segurança Institucional divulgar imagens dos atos golpistas no Palácio do Planalto, em 8 de janeiro
Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes recebe ainda nesta segunda-feira (24) Ricardo Capelli, ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). O encontro acontece depois do GSI divulgar imagens dos atos golpistas no Palácio do Planalto, em 8 de janeiro.
Vale citar, Moraes derrubou, na última sexta (21), o sigilo das gravações. Ele também determinou que o GSI enviasse as imagens das câmeras do Palácio do Planalto ao STF em 48h. Naquele dia, o ex-ministro-chefe do Gabinete, Gonçalves Dias, deu 5 horas de depoimento à Polícia Federal (PF).
Dias pediu demissão após a CNN Brasil divulgar imagens em que ele aparece nas dependências do Palácio em 8 de janeiro. A publicação e saída ocorreu na última quarta-feira (18).
A demissão ocorreu após o Lula convocar uma reunião de emergência após a divulgação das imagens. Em nota, a secretaria de Comunicação da Presidência disse que não haveria impunidade.
“A violência terrorista que se instalou no dia 8 de janeiro contra os Três Poderes da República alcançou um governo recém-empossado, portanto, com muitas equipes ainda remanescentes da gestão anterior, inclusive no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que foram afastados nos dias subsequentes ao episódio.
As imagens do dia 8 de janeiro estão em poder da Polícia Federal, que tem desde então investigado e realizado prisões de acordo com ordens judiciais.
No dia 17 de fevereiro, a Polícia Federal pediu autorização para investigar militares e, a partir do dia 27 de fevereiro, com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), tem realizado tais investigações, inclusive com a realização de prisões.
Dessa forma, todos os militares envolvidos no dia 8 de janeiro já estão sendo identificados e investigados no âmbito do referido inquérito. Já foram ouvidos 81 militares, inclusive do GSI.
O governo tem tomado todas as medidas que lhe cabem na investigação do episódio.
E reafirma que todos os envolvidos em atos criminosos no dia 8 de janeiro, civis ou militares, estão sendo identificados pela Polícia Federal e apresentados ao Ministério Público e ao Poder Judiciário.
A orientação do governo permanece a mesma: não haverá impunidade para os envolvidos nos atos criminosos de 8 de janeiro.”