AMEAÇAS

MP denuncia prefeito de Iporá (GO) por incitação de atentados contra petistas

No dia 4 de março de 2022, Naçoitan enviou a um grupo mantido pelo Sindicato Rural de Iporá dizendo que petista era na bala

O Ministério Público de Goiás denunciou o sindicalista rural e prefeito de Iporá, Naçoitan Leite, por incitar publicamente atentados a simpatizantes e filiados do Partido dos Trabalhadores (PT). A incitação ocorreu por meio do WhatsApp, em 2022.

O promotor Luís Gustavo Soares Alves, responsável pelo caso, explica que a denúncia foi feita na condição de sindicalista, apesar de o denunciado também ser o prefeito de Iporá.

No dia 4 de março de 2022, Naçoitan enviou a um dos três grupos de WhatsApp mantidos pelo Sindicato Rural de Iporá um áudio manifestando seu descontentamento pelo fato de um cidadão ter contribuído financeiramente para a confecção da fachada do sindicato.

Na ocasião, ele ofendeu o homem e disse que os dirigentes não deveriam aceitar ajuda de petistas. Além disso, Naçoitan incitou a prática de crimes contra a vida e a integridade física de simpatizantes ou filiados do PT.

“PT com nós (sic) aqui agora é na botina, e se for preciso na bala, entendeu?”, disse à época.

O Mais Goiás tenta contato com o citado. O espaço está aberto para manifestação.

Prefeito

Como prefeito, Naçoitan coleciona polêmicas. Em novembro do ano passado, o União Brasil suspendeu filiação dele após falas golpistas que viralizaram nas redes sociais. O gestor do município do Oeste goiano chegou a dizer que o presidente eleito Lula (PT) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, deveriam ser “eliminados”. Depois ele pediu desculpas.

O prefeito de Iporá chegou a ser condenado por abuso de poder econômico e foi afastado do cargo, mas foi reconduzido por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em 2020, ele chamou o governador Ronaldo Caiado (UB) de ditador após medidas do governo estadual para conter a proliferação da Covid-19 em Goiás, mas pediu desculpas e se reaproximou do chefe do Executivo estadual.