Coluna do João Bosco Bittencourt: os desafios do governo Caiado 2
Por João Bosco Bittencourt, do Mais Goiás A segunda gestão sempre é um osso atravessado…

Por João Bosco Bittencourt, do Mais Goiás
A segunda gestão sempre é um osso atravessado na garganta dos governantes que são reeleitos. As cobranças da população aumentam, o julgamento fica mais severo, a tolerância com prazos para entregas diminui, os prefeitos em meio de mandato querem mais benefícios e o apetite dos aliados políticos cresce de forma brutal.
É neste cenário que tem início o governo Caiado 2. Daqui para a frente, não basta mais apenas o discurso de terra arrasada, de moralização da administração com o combate à corrupção e a redução dos índices de criminalidade. Caiado vai precisar de mais realizações concretas para fechar com sucesso o ciclo no Palácio das Esmeraldas, eleger o sucessor e tentar se catapultar para uma candidatura à presidência da República, velho sonho do político goiano.
O governo terá de entregar obras, atender os prefeitos com verbas e benefícios, dialogar mais e corresponder às demandas sempre crescentes da sociedade. Na saúde, na infraestrutura, na educação, principalmente.
O desafio agora é mais difícil e o governador corre contra o tempo. Precisa licitar, contratar, pagar e concluir obras. Tudo isso antes de 2026. Parece muito tempo, mas, quem conhece de administração pública sabe que os dias, meses, anos voam e passam num piscar de olhos.
Resta saber se vai conseguir superar os desafios. Governistas e opositores apostam suas fichas no sucesso ou no fracasso da gestão de Caiado.
Casa nova
A Casa do Pica-Pau – uma das maiores lojas de Goiás nos segmentos de refrigeração comercial, ferramentas, máquinas e equipamentos agrícolas – inaugurou mais uma unidade no setor Aeroporto, em Goiânia. O evento de inauguração contou com um coquetel e a presença de convidados especiais, dentre eles familiares dos proprietários, amigos, jornalistas, formadores de opinião, empresários e parceiros.
No limbo
O ex-ministro e ex-deputado Alexandre Baldy pode ter a nomeação para à presidência da Agehab questionada na Justiça com base na lei das estatais, que proíbe a ascensão de dirigentes partidários aos quadros de comando de empresas públicas e sociedades de economia mista.
Acabou a lua de mel
O casamento político dos senadores Wilder Morais e Vanderlan Cardoso acabou antes mesmo de terminar a lua de mel. Wilder não votou no colega para à presidência da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e provocou a ira de Vanderlan. Vale lembrar que Isaura Cardoso, mulher de Vanderlan, é suplente de Wilder.
Nova cara
Tiago de Almeida Queiroz vai assumir a superintendência regional da Polícia Rodoviária de Goiás. A nomeação saiu no Diário Oficial da União desta segunda-feira (13). Foram trocados todos os comandos da PRF no país, numa ação de desmanche de um dos principais polos do bolsonarismo.
Sem mudanças
A respeito das provocações sobre mudanças na equipe de secretários da prefeitura de Aparecida, o prefeito Vilmar Mariano descarta fazer mexidas profundas. “A administração tem a cara da chapa que disputou a eleição e foi eleita com mais de 95% dos votos dos aparecidenses”, explica ele. “É assim que Maguito fez, é assim que Gustavo Mendanha fez…e é o que estou fazendo. Mudanças pontuais podem ocorrer, mas não vou demolir uma estrutura que tem dado certo por capricho ou vaidade pessoal”.
Vai brigar
Apesar de amargar o recall negativo das gestões mal avaliadas de Pedro Wilson e Paulo Garcia, o PT não vai abrir mão de disputar a prefeitura de Goiânia. O partido acredita que tem nomes competitivos e que o apoio do presidente Lula poderá desequilibrar a parada. As principais apostas são a deputada Adriana Accorsi e o ex-reitor da UFG e primeiro suplente de deputado federal Edward Madureira. Uma coisa é certa: os petistas aceitam alianças, mas não abrem mão da cabeça de chapa na capital goiana.
Quiproquó em Canedo
Apesar do crescimento populacional considerável e o município ser vizinho de Goiânia, a politica em Senador Canedo continua provinciana e paroquial. Exemplo claro disso é a briga entre o prefeito Fernando Pellozo e o presidente da Câmara, Carpegiane Silvestre. Tentaram puxar o tapete do presidente realizando uma eleição meio às escondidas em dezembro. O grupo opositor integrado pelo ex-presidente Reinaldo Alves e a atual vice-presidente Welma Lira, elegeu Reinaldo presidente, só que Carpegiane já tinha sido eleito em 2021 antecipadamente para o biênio 2023/2024.
De lá pra cá, só houve confusão.Ele estava de viagem, entrou na Justiça e o TJGO cautelarmente restabeleceu o cargo a ele.
Mas agora os opositores estão boicotando as sessões da Câmara. Carpegiane é irmão do vice-prefeito, Magno Silvestre, que se afastou do Pellozo.
Pelo visto, a briga ainda está longe de terminar.
Na raia
E a sucessão municipal já está fervendo em Senador Canedo. O jornalista Alexandre Braga já se colocou como pré-candidato a prefeito da cidade pelo MDB.
Porta fechada
Decisão do governador Ronaldo Caiado: parlamentares não serão chamados para integrar a gestão estadual. Pode chover canivete, mas não haverá abertura de precedente para evitar pressão da faminta legião de suplentes.
Colher de chá
O deputado federal Celio Silveira deve entrar de licença para dar oportunidade ao suplente Márcio Corrêa de assumir o mandato na Câmara. Ambos são do MDB e o gesto de Silveira visa cacifar Corrêa como candidato a prefeito de Anápolis, cargo que já disputou sem sucesso.
Desaparecido político
Candidato derrotado a governador, o ex-deputado federal bolsonarista Major Vitor Hugo sumiu de Goiás. A votação pífia deve ter deixado mágoa no peito do amigo do Capitão.
Crise no Paço
O impeachment do prefeito de Goiânia Rogério Cruz voltou a subir no telhado.
Topa na hora
Se for convidado, Gustavo Mendanha aceita ser escalado no secretariado do governo Caiado. Com a bênção do vice-governador Daniel Vilela.