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Pastor suspeito de lobby no MEC pediu emendas ao deputado João Campos

Deputado por Goiás, João Campos (Republicanos) foi quem mais recebeu o pastor Arilton Moura na…

Deputado por Goiás, João Campos (Republicanos) foi quem mais recebeu o pastor Arilton Moura na Câmara Federal. Junto com o pastor goiano Gilmar Santos, Moura é suspeito de pedir propina para liberar recursos do Ministério da Educação (MEC) para prefeituras – o caso conhecido como lobby no MEC. Ambos os religiosos negam as acusações.

Ao todo, João Campos recebeu, pelo menos, cinco vezes o pastor Arilton Moura, de acordo com reportagem de O Globo. Ainda segundo o texto, ele também foi anfitrião de Gilmar Santos na Câmara em duas ocasiões.

O chefe de gabinete de João Campos, responsável por organizar as audiências, informou ao Mais Goiás que as visitas foram todas de cunho particular e, no caso de Gilmar, uma delas para solicitar uma emenda para projeto social a uma entidade, cujo nome ele não soube dizer.

O Mais Goiás solicitou mais informações sobre a entidade e aguarda retorno. Em relação ao recurso, ele informa a instituição não estava apta a receber a emenda e, por isso, não ocorreu. O chefe de gabinete garantiu, ainda, que nenhum encontro teve qualquer relação com o Ministério da Educação ou presidente Bolsonaro (PL).

Vale citar que os pastores também se reuniram com o presidente Bolsonaro em, ao menos, três ocasiões no Palácio do Planalto e uma no Ministério da Educação, na presença do então ministro, Milton Ribeiro. O governo decretou sigilo sobre esses encontros. No Congresso, eles visitaram, também, dez gabinetes parlamentares. Em outubro de 2019, por exemplo, Moura foi à sala de Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Lobby no MEC

Cabe lembrar que, no último dia 21, o jornal “Folha de S. Paulo” divulgou áudio em que mostra um suposto “gabinete paralelo” no Ministério da Educação. Em conversa gravada e obtida pela reportagem, o então ministro Milton Ribeiro diz atender uma solicitação do presidente Jair Bolsonaro e que o Governo Federal prioriza prefeitos cujos pedidos de liberação de verba foram negociados com os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, que teria pedido 1 kg de ouro para liberar dinheiro no MEC.

“Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar […] porque a minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, em segundo, atender todos os que são amigos do pastor Gilmar”, afirma o ministro em conversa entre os religiosos e alguns prefeitos.

Gilmar prega o evangelho há 40 anos, segundo a biografia dele do Instagram. Ele preside, também, a Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil (CONIMADB) e o Instituto Teológico Cristo Para Todos (ITCT), além da Assembleia de Deus (AD) Ministério Cristo para Todos, localizada na Av. T-9, no Jardim América, na capital.

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