Presidenciável

Podemos está à disposição de Moro, diz José Nelto sobre eleições de 2022

Líder do Podemos na Câmara, o deputado federal José Nelto acredita na possibilidade do ministro…

Líder do Podemos na Câmara, o deputado federal José Nelto acredita na possibilidade do ministro Sergio Moro ser candidato à presidência em 2022. “Se não for para o Supremo [Tribunal Federal (STF), ou se for e decidir sair], ele vai ter que abrir um escritório de advocacia, para dar sustento à sua família, ou vir para a vida pública, se filiando a um partido. E se quiser, o Podemos está à disposição”, destaca o goiano, que diz ter um bom relacionamento com o ex-juiz.

Além disso, vale citar, Nelto tem assumido uma postura crítica ao governo Bolsonaro. Ele já disse que a atual gestão está do lado dos banqueiros e agora sai em defesa de Moro. Ele criticou uma “manobra”, que atribuiu a “gente do governo, centrão e esquerda” para retirar o ministro da Justiça das eleições de 2022. Segundo ele, há uma estratégia para indicá-lo ao STF e depois aprovar no Congresso uma lei de quarentena de seis anos para juízes, delegados e membros do Ministério Público que decidirem deixar a carreira para disputar pleitos.

Então, nessa possibilidade de Moro ir ao STF e, ainda assim, decidir tentar a eleição, ele estaria impedido. “Isso fere a democracia. Tem que tirar da política os pilantras e corruptos e não punir quem combate a corrupção. Isso envergonha a nação brasileira”, se indigna Nelto.

Questionado sobre a postura do Podemos em relação ao governo, neste momento, o deputado diz que o relacionamento da sigla é com o Brasil. “Não temos cargos”, reforça o desprendimento da sigla e o compromisso com o País.

Proposta

Esta proposta de “quarentena” foi apresentada na Câmara dos Deputados em novembro de 2019. Ela altera a Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990, e estabelece novos prazos de desincompatibilização para cargos que se submetem à vedação constitucional de filiação partidária.

A matéria ainda será analisada na Comissão de Constituição e de Justiça (CCJ) da Câmara. “Querem banir da vida pública os bons e deixar os maus. Isso é uma vergonha”, protesta José Nelto.