Prefeito terá o controle das investigações da CEI da Comurg na Câmara? Entenda

Quatro blocos e um partido indicaram os vereadores titulares e suplentes da Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Comurg. Eles ocuparão sete cadeiras permanentes da apuração e três suplências, e a principal pergunta em circulação no mercado político da capital a partir de agora é: o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) terá a maioria dos vereadores e, portanto, o controlará as investigações?

Os seis vereadores já confirmados são todos da base de apoio do prefeito: Thialu Guiotti (Avante) e Paulo Henrique da Farmácia (Agir), pelo Bloco Ordem; Ronilson Reis (PMB), pelo Bloco Goiânia Transparente; Pedro Azulão Jr. (PSB), pelo Bloco Independência; Welton Lemos (Podemos), pelo Bloco Vanguarda; e Henrique Alves, indicado pelo MDB. O último assento está em disputa no bloco Liberdades, com quase tudo acertado para que o Isaías Ribeiro (Republicanos), tido como o mais governista dos governistas, se aposse dele.

Apesar de participarem dos blocos formados para a composição da CEI, nenhum dos vereadores de oposição a Cruz têm cadeira permanente na comissão e apenas um deles – Lucas Kitão (PSD) – ocupa uma das três suplências. Paulo Magalhães (UB), Aava Santiago (PSDB) e Luciula do Recanto (PSD) não estiveram cotados para nenhuma das vagas, permanentes ou não. Kátia Maria, do PT, não integrou nenhum bloco.

A resposta óbvia, portanto, seria dizer que – sim, Rogério Cruz terá todos os integrantes da CEI da Comurg sob a sua regência e o destino da apuração é uma bela fornada de pizza. Ocorre que quando o assunto é Comissão de Inquérito, uma máxima da política se impõe, do Congresso Nacional à menor Câmara Municipal: todo mundo sabe como uma CEI ou uma CPI começa, mas ninguém é capaz de dizer como ela termina.

Numa CEI já apelidada de CEI do Fim da Comurg, tudo pode acontecer. Para quem gosta de política municipal, é para maratonar.