DITADURA?

Presidente do Atlético Goianiense critica STF e fala em “governo” do judiciário

Adson Batista vê suposto desequilíbrio institucional e pede maior protagonismo do Parlamento e Senado

O presidente do Atlético Goianiense, Adson Batista, entrou em uma nova polêmica na noite desta segunda-feira (8) ao fazer duras críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), quando comentou o cenário de punições e julgamentos no Brasil. Em entrevista ao jornalista Henrique Alcaraz, da BandNews e do Mais Goiás, o dirigente afirmou que não vê igualdade nas decisões e avaliou que o país vive um momento de impunidade, mirando a alta corte do judiciário brasileiro.

A declaração ocorreu após o empate do Atlético Goianiense contra o Novorizontino. No interior paulista, o Dragão arrancou um empate e permaneceu no meio da tabela, perdendo a chance de embalar na Série B. A entrevista contudo, expôs a frustração do dirigente goiano, declaradamente apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Tem que ter igualdade para todo mundo. Por que que o Bruno Henrique, a camisa do Flamengo, é diferente? Tem um negro que ficou um ano, dois anos, fez a mesma coisa. Então, infelizmente, o Brasil é um país da impunidade. O povo fala: ‘Ah, eu acredito na justiça’. Eu tenho grandes dúvidas hoje do Judiciário”, disse.

Adson críticava o fato de Bruno Henrique, atacante do Flamengo, ter sido punido por 12 jogos e recebeu uma multa de R$ 60 mil pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) em caso de manipulação de apostas. Comentaristas, especialistas e cartolas como o presidente do Atlético Goianiense consideraram a pena branda demais.

Adson ampliou sua fala para além do futebol e apontou o STF como símbolo do desequilíbrio institucional. “Não é só um STF que faz tudo. Julga, condena, proíbe, faz tudo que quer. Infelizmente, nós hoje somos governados por essa entidade”, declarou.

De acordo com o dirigente, o modelo atual não serve de base para decisões judiciais justas. “Quem sou eu para poder julgar, mas eu tenho opinião como cidadão. O exemplo que a gente tem lá de cima [do STF], para mim, é o pior possível”, afirmou.

O presidente do Atlético também defendeu maior protagonismo do Legislativo frente às decisões do Judiciário. “Que o nosso parlamento, que o nosso Senado, possa pegar as rédeas e cada um fazer a sua parte. Vamos trabalhar sempre honestos, acreditando num futuro melhor, com as entidades e instituições funcionando”, concluiu.