ENTREGOU SECRETARIA

PSL não pode reclamar de Lira, diz delegado Waldir, que apoiou Baleia

“Ele fez um acordo com o PSL e entregou a segunda secretaria, uma das mais importantes da Mesa Diretora.”

Deputado federal do PSL e presidente estadual da sigla em Goiás, o delegado Waldir afirmou que o novo presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) é “cumpridor de compromissos”. “Ele fez um acordo com o PSL e entregou a segunda secretaria, uma das mais importantes da Mesa Diretora.”

Waldir, vale lembrar, votou em Baleia Rossi (MDB-SP), candidato de Rodrigo Maia (DEM-RJ). Anteriormente, ele disse ao Mais Goiás, justamente, que os deputados do PSL votariam em Lira – nome de Bolsonaro – por emendas e cargos.

“O Governo Federal investiu pesado na chapa branca e a elegeu. O PSL não tem o que reclamar. Eu votei no Baleia. Havia um primeiro diálogo do PSL com o Baleia e eu segui esse compromisso. A ala de extrema direita e alguns de direita fecharam com o Arthur, que garantiu esse espaço.”, destacou. “

Governo

Questionado sobre a reaproximação do PSL com Bolsonaro, agora que o partido tem como líder na Câmara o deputado federal Major Vitor Hugo – ex-líder do governo na Casa –, Waldir diz que a sigla nunca deixou de votar com o presidente.

“Se pegar minha votação, votei 90%, 95% com o governo, mesmo com nossas diferenças. A maioria das pautas dele fez conosco. Não tem como ir contra as pautas que ajudei a formular. A diferença é que, diferente dele, eu continuo ‘lavajatista’ e anticorrupção.”

Segundo Waldir, Bolsonaro enfraqueceu o ex-ministro Sergio Moro, o Ministério Público, a Polícia Federal e o Coaf. “Essa defesa eu não vou mudar nunca”, garante. “Prisão em segunda instância, fim do foro de prerrogativa de função, redução do número de deputados… Não vou me afastar dessas pautas.”

Waldir x Bolsonaro

Em outubro de 2019, Bolsonaro fez críticas ao presidente da sigla, Luciano Bivar, e escancarou a crise no partido. Em seguida, tiveram articulações pela retirada do delegado Waldir da liderança do PSL na Câmara, o que se concretizou com a entrada de Eduardo Bolsonaro. Houve, ainda, o rompimento com outros nomes, como da deputada Joice Hasselmann, o que causou um racha na sigla.

Com isso, Bolsonarou deixou o PSL e tentou criar o partido Aliança pelo Brasil. Contudo, a legenda ainda não conseguiu viabilizar as 500 mil assinaturas necessárias.