PRESIDENTE DA CAE

“Sem mudanças, reforma tributária não será aprovada”, diz Vanderlan na Assembleia

Senador participou de audiência pública da Frente Parlamentar Pró Indústria

Presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no Senado, o senador Vanderlan Cardoso (PSD) afirmou que se não houver mudanças no texto da reforma tributária, o projeto pode não ser aprovado na Casa Alta. A declaração ocorreu durante audiência pública realizada pela Frente Parlamentar Pró Indústria (FPPI) da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), nesta sexta (15).

“Se não houver mudanças, com certeza a reforma tributária não será aprovada. É essencial, principalmente o Conselho Federativo, que está confuso. E aí eu ressalto a preocupação do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), quando ele diz que vai deixar de ter a figura do governador. E também a questão das leis complementares, que serão praticamente feitas pela Câmara Federal. Então, tem setores que já estão fazendo um lobby muito grande para permanecer com grandes benefícios. Assim, não é uma reforma tributária se não for justa”, disse o congressista.

Segundo Vanderlan, aproximadamente 2/3 do Senado é composto por representantes dos chamados estados emergentes, que estão em um processo de industrialização. Ele citou que esses parlamentares não aceitariam ficar de fora da discussão sobre as leis complementares à reforma, por exemplo.

“São cerca de 60 senadores que são de regiões em desenvolvimento. Será que nós vamos aprovar uma proposta que é prejudicial aos nossos estados? Acho que não. Então, esse debate está se intensificando no Senado Federal principalmente em relação às leis complementares, o Conselho Federativo e os incentivos fiscais”, completou.

O deputado estadual Wagner Neto (Solidariedade), que presidiu a audiência, pontuou que a audiência foi programada pela preocupação com os impactos da reforma no processo de industrialização em Goiás. “Nosso estado será muito afetado caso o projeto seja aprovado na forma como está hoje. O texto tira a autonomia dos estados de fazer gestão, de oferecer incentivos fiscais, que é uma política utilizada com amplo sucesso em Goiás”, argumentou o deputado estadual.

“O nosso intuito não é impedir a reforma, mas melhorar o texto para que Goiás não seja afetado como está sendo com o projeto atual. Mais do que isso, demonstrar que o nosso estado está mobilizado para impedir injustiças”, completou.

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