Greve

Servidores da CGU e do Tesouro Nacional farão greve nesta quarta-feira e dia 13

Servidores da CGU (Controladoria-Geral da União) e do Tesouro Nacional anunciaram que vão paralisar as…

Servidores da CGU (Controladoria-Geral da União) e do Tesouro Nacional anunciaram que vão paralisar as atividades para discutir recomposição salarial. Enquanto os funcionários do primeiro órgão realizam a primeira paralisação nesta quarta-feira (6), os trabalhadores do Tesouro já iniciaram a greve nesta terça-feira (5). Ambos os grupos também não trabalharão no dia 13.

Segundo o comunicado à imprensa, as paralisações foram deliberadas e aprovadas pela maioria dos sindicalizados em assembleias realizadas hoje.

Os servidores da CGU afirmam que as perdas inflacionárias sobre as remunerações podem chegar a 40% neste ano, se não houver um reajuste. Os funcionários do Tesouro Nacional protestam contra a ausência de proposta do governo para a reestruturação da carreira de Finanças e Controle.

Os servidores do Tesouro afirmam que estão dispostos a paralisar semanalmente, com a possibilidade de intensificação do movimento. “A mobilização da base cresceu e não vai arrefecer enquanto não recebermos proposta que contemple nossa pauta”, disse Bráulio Cerqueira, presidente do Unacon Sindical.

Protestos até julho

Reportagem do UOL mostra que o discurso geral entre esses servidores é que Bolsonaro não pode conceder aumento apenas para policiais federais, como havia sido sinalizado em dezembro.

Categorias ouvidas pelo UOL nos últimos dias disseram que, até julho, a pressão por aumentos vai se aprofundar.

Como este é o último ano do governo de Jair Bolsonaro e haverá campanha eleitoral, os servidores estão atentos ao calendário. As principais datas são as seguintes:

– 2 de abril: até essa data, o governo poderia promover reajustes lineares (para todas as categorias de servidores) ou aumentos para classes específicas, como as dos policiais. Os aumentos poderiam superar a inflação

– De 2 de abril a 30 de junho: esse período está dentro dos seis meses que antecedem as eleições, marcadas para 2 de outubro (primeiro turno). Em função disso, pela legislação eleitoral, o governo tem duas alternativas. Primeiro, ele pode promover reajustes lineares apenas para recompor a inflação dos últimos 12 meses. Não seria possível, nesse caso, recompor as perdas inflacionárias desde 2017 ou 2019, por exemplo, como querem algumas categorias. Uma segunda possibilidade nesse período é que o governo promova reajustes para categorias específicas, como policiais federais ou servidores do Banco Central, por exemplo. Como o reajuste não seria linear (para todas as categorias), seria possível até mesmo aumentar salários acima da inflação

– 1º de julho: a data marca o início dos últimos seis meses do atual governo. Nesse período, conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal, o governo não pode elevar as despesas com pessoal.