REAÇÃO

Vereador diz que grupo que fechou BR-153 não representa comerciantes de Goiânia

“Contribuem para piorar ainda mais uma situação que já é de caos”, declara Marlon Teixeira

Para o vereador Marlon Teixeira (Cidadania), as manifestações que fecharam a BR-153, em frente ao paço de Goiânia, na segunda (16), foram irresponsáveis. “Não se pode defender liberdade individual, tirando a liberdade do outro, incitando o caos. Sou contra qualquer tipo de manifestação irresponsável, como essa, que parou uma rodovia federal em plena pandemia, prejudicando vários inocentes, na tentativa de pressionarem o Prefeito”, declarou. “O grupo não representa os comerciantes de Goiânia.”

Na ocasião, cerca de 500 manifestantes reivindicavam a liberação do comércio após novo decreto da prefeitura prorrogar as restrições aos estabelecimentos por mais 14 dias. Os ânimos exaltados culminaram, inclusive, em brigas internas, além de ataques à imprensa.

Ainda na noite de segunda, o candidato derrotado à eleição do paço, Gustavo Gayer (DC), convocou uma nova manifestação contra medidas de isolamento social e fechamento do comércio poderá bloquear duas das principais vias do trânsito de Goiânia: Avenida Anhanguera e perímetro urbano da BR-153 nesta terça-feira (16). Eke apagou a postagem em seguida.

Não representa”

Segundo Marlon, o grupo que fechou a BR-153, na terça, não representa os comerciantes de Goiânia, “que querem voltar a trabalhar com os protocolos de segurança e sem prejudicar ninguém”. “Sou solidário aos comerciantes porque sei das dificuldades desse atual contexto. Mas esse é um momento bastante delicado, com pessoas morrendo, esperando por uma vaga na UTI. Temos que ser sensatos, ter empatia e responsabilidade”, afirmou.

Segundo ele, parte do movimento é ligado a um grupo que “politiza a dor de milhares de famílias e as expectativas dos próprios comerciantes que diz defender”. Ele cita que repórteres e cinegrafistas foram agredidos, o que classificou como atitude de total desrespeito e antidemocrática. “Esse grupo defende o não uso de máscaras, tratamentos precoces que não são recomendados pela OMS. Dessa forma, esse grupo contribui para piorar ainda mais uma situação que já é de caos.”

Marlon, que diz defender um meio termo, diz que é preciso se posicionar contra loucuras negacionistas. “Particularmente, defendo o direito de manifestação, porque é um direito constitucional. Mas falo de uma manifestação consciente, responsável e construtiva. Os leitos, na Capital, estão 100% ocupados, e repito: pessoas estão morrendo. É momento de empatia, solidariedade, respeito e responsabilidade social. É hora de manifestar por vacinas; esse é o único caminho para salvar a economia e a vida”, arremata.