Dormir mal  pode levar a  um quadro de demência?

Veja o que a ciência diz

As demências são transtornos neurodegenerativos que podem afetar memória, linguagem e comportamento. 

Hereditariedade, obesidade e idade estão entre os fatores que podem desencadear esse processo.

Outra causa, porém,  vem sendo estudada  pela ciência nos últimos  10 anos: o sono.  Pesquisadores de diversas instituições vêm tentando estabelecer conexões entre demência e horas mal dormidas.

Estudo publicado na revista Nature, em 2021, mostrou que indivíduos com idades entre  50 e 70 anos, que dormem por 6 horas ou menos, têm chance 30% maior de desenvolver demência. 

Outro estudo recente, realizado com mais de  4 mil pessoas com idade média de 71 anos, concluiu que dormir menos de 6 horas por dia na velhice pode  causar declínio cognitivo, sobrepeso e depressão.

A relação ocorre porque é na fase mais profunda do sono que as memórias se consolidam. E acontece uma espécie de ‘faxina’ no cérebro, ao remover radicais livres e substâncias que em alta quantidade causam problemas.

Apesar das recém descobertas, evidências da associação de sono e demência ainda é uma área nebulosa  para a ciência. 

Embora já se  saiba sobre os  prejuízos gerais da ausência do descanso diário em qualquer idade.

Estudo publicado em 2022 pela Universidade da Califórnia, analisou pessoas de todas as idades que dormem menos de 6,5 horas por noite, mas não parecem sofrer os efeitos cognitivos desse hábito devido a mutações genéticas.

O grupo também fez uma análise preliminar com camundongos. Constatou-se que os animais que carregavam os genes sofriam um acúmulo mais lento das partículas que causam demência. A descoberta  pode abrir caminho para novos medicamentos.

Texto: Folhapress Imagens: Agência Brasil

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