Acusado de chefiar quadrilha em Goiás e irmão de suspeito de homicídio se entrega à polícia

Waldemar José de Lima Neto, investigado por integrar e comandar uma organização criminosa em Goiás, se entregou à Polícia Civil do Tocantins na segunda-feira (1º). Ele tinha um mandado de prisão em aberto e decidiu se apresentar na Delegacia de Homicídios de Palmas. Após prestar depoimento, foi encaminhado diretamente ao presídio da capital, onde aguarda audiência de custódia. Waldemar é irmão de Waldecir José de Lima Júnior, suspeito de matar um vigia no estacionamento de um shopping da região sul da capital tocantinense.

O mandado de prisão contra Waldemar foi expedido pela Justiça de Goiás. De acordo com investigações, ele integra desde 2019 uma organização criminosa que comprava armas legalizadas para usá-las em roubos de fazendas em Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Minas Gerais, Distrito Federal e Rio de Janeiro. Também é acusado de aplicar golpes imobiliários, falsificação de documentos, negociações fraudulentas, corrupção de policiais militares para expulsar proprietários, tráfico e associação para o tráfico de drogas, porte ilegal de arma e falsas comunicações de crime.

O homem já havia sido preso em uma operação anterior por crimes semelhantes, mas deixou a prisão em 2024.

Segundo o advogado de defesa dos dois irmãos, Zenil Drumond, Waldemar procurou a polícia influenciado pela situação envolvendo o irmão. “O Waldemar é uma pessoa religiosa e, quando se deparou com o que aconteceu com o irmão, resolveu se apresentar”, disse.

Waldemar não quis dar declarações ao ser detido. A defesa também informou que ele não comentou sobre o paradeiro de Waldecir José, que segue foragido.

Irmão é suspeito de matar vigia em shopping

Waldecir José de Lima Júnior, irmão de Waldemar, teve a prisão preventiva decretada na segunda-feira (1º). Ele é suspeito de matar o vigia Dhemis Augusto Santos, de 35 anos, na noite de sábado (29), no estacionamento de um shopping da região sul de Palmas.

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Segundo o boletim da 1ª Delegacia de Homicídios, a discussão começou após Waldecir atingir uma baliza sinalizadora com uma Range Rover Evoque 2015, avaliada em cerca de R$ 130 mil. O vigia tentou orientá-lo, e o motorista teria reagido com um disparo de arma de fogo.

A defesa afirma que a arma usada no crime será entregue nos próximos dias, mas Waldecir teme se apresentar agora. “Neste momento ele não se sente seguro para se entregar devido à grande repercussão e ao clamor social”, disse Zenil Drumond.

Dhemis tinha se mudado para Palmas há um ano em busca de trabalho. Sergipano, passou pela Bahia antes de chegar ao Tocantins. Segundo o chefe dele, Edmilson dos Santos, o vigia estava animado com o futuro, queria casar e formar uma família.

O shopping Aldeia Mall, onde o vigia trabalhava, divulgou nota lamentando o crime e repudiando qualquer forma de violência.

A Polícia Civil do Tocantins segue as buscas pelo suspeito.