OPINIÃO

Ampliação de dias da Feira Hippie não vai atrair mais clientes, diz presidente de Associação da 44

Mudança não resultará na atração de novos turistas de compras, mas sacrificará os feirantes, diz presidente da AER44

A ampliação do funcionamento da Feira Hippie, em Goiânia, para três dias na semana não agradou outros trabalhadores da região. É o que garantem diretores da Associação Empresarial da Região da 44 (AER44). Presidente da entidade, Lauro Naves afirma a mudança não resultará na atração de novos turistas de compras, mas sacrificará os feirantes.

“Na minha avaliação, a prefeitura tomou uma decisão atabalhoada, sem discutir com todos que serão impactados e está sobrecarregando a 44, mas sem atrair novos compradores. Uma decisão, ao meu ver, oportunista, tomada só para agradar temporariamente aos feirantes. Essa liberação para a feira funcionar em um terceiro dia da semana não irá atrair novos compradores. Goiânia não ganha nada com isso, pois não aumenta o movimento de turistas na região e, consequentemente, não gera emprego e nem renda”, afirma.

Lauro declara que a ampliação do funcionamento da Feira Hippie desvirtua o sentido das feiras. “É a única feira em Goiânia que funciona três dias seguidos na semana, nenhuma outra tem esse privilégio. Na nossa avaliação, em vez de estender a operação da feira em mais dias, o que a prefeitura precisa fazer, e nunca fez, é requalificá-la e criar novas atratividades, como um polo gastronômico, para que a feira se consolide, não apenas como um lugar que só vende roupas, mas uma feira de entretenimento. Você também não tem, por parte da prefeitura, campanhas publicitárias de divulgação da Feira Hippie, ações para atrair novos clientes.”

A ampliação foi anunciada esta semana durante a reinauguração da Praça do Trabalhador. Inclusive, já tramita na Câmara Municipal projeto com o mesmo objeto.

Agradou a alguns

Por outro lado, o presiente da associação que representa a Feira Hippie, Valdivino da Silva, declarou que a obra agradou. Segundo ele, as mudanças fazem parte de um ‘sonho’ que está se realizando e diz que a nova estrutura, com banheiros de alvenaria, melhora as condições de trabalho e dos frequentadores.

A associação também elogiou a decisão da prefeitura de enviar à Câmara Municipal o projeto que autoriza a feira a funcionar às sextas-feiras, uma demanda antiga da categoria. Valdivino acredita que, sem a permissão para trabalho nas sextas, a Feira Hippie “desaparece do mapa”.