NOVA DATA

Após dois adiamentos, júri de acusado de matar namorada acontece em Taquaral

A vítima, Sandra Gonçalves Nunes, foi morta a tiros ao lado da filha

Após três adiamentos que causaram angústia à família da vítima, o júri de Juliano José Rodrigues Martins, acusado de m4tar Sandra Gonçalves Nunes em outubro de 2022, está previsto para acontecer nesta terça-feira (26), no Fórum da Comarca de Taquaral. O empresário é acusado de ass4ssinar a ex-companheira, Sandra Gonçalves Nunes, a tiros enquanto ela dormia ao lado da filha do casal, de 6 anos, em Itaguari (GO).

A primeira suspensão ocorreu em 18 de fevereiro deste ano, quando uma jurada, Rosângela Rodrigues da Costa Santos, antecipou seu voto durante a sessão, o que violou as regras do Tribunal do Júri. Diante da irregularidade, o conselho de sentença foi dissolvido e a jurada multada em um salário-mínimo.

Em março, o júri, marcado para o dia 21, precisou ser cancelado devido ao início das obras de revitalização externa e modernização da fachada e cobertura do Fórum da Comarca de Taquaral.

A família de Sandra Gonçalves Nunes aguarda há quase três anos por uma condenação. Ao Mais Goiás, o irmão da vítima, Danilio Gonçalves, desabafou sobre a expectativa em torno da nova data: “Depois de quase três anos, a família vive nessa angústia. Várias vezes o julgamento foi marcado e adiado. Será que dessa vez vai acontecer?”.

Crime em Taquaral: o caso

O empresário Juliano José Rodrigues Martins é acusado de assassinar a ex-companheira, Sandra Gonçalves Nunes, a tiros enquanto ela dormia ao lado da filha do casal, de 6 anos, em Itaguari (GO), no dia 12 de outubro de 2022.

De acordo com as investigações da Polícia Civil, o crime foi premeditado. Juliano, que não aceitava o fim do relacionamento de 14 anos, estava bebendo com um amigo, identificado como Y.C.S., que é policial penal. Juliano ofereceu um barracão de sua propriedade para o agente descansar.

Aproveitando-se de um momento em que o policial estava tomando banho, Juliano furtou o revólver do amigo, trancou-o no local e pegou as chaves do carro dele. Em seguida, dirigiu-se à residência da ex-companheira.

Conforme o delegado, Juliano entrou na casa por um portão do qual ainda tinha as chaves, pulou uma janela e efetuou vários disparos contra Sandra, que dormia. A filha do casal estava ao lado da mãe, mas não foi atingida. O irmão da vítima também estava na residência no momento do crime.

Após o assassinato, Juliano fugiu para a cidade vizinha de Itaberaí, onde se entregou no batalhão da Polícia Militar e confessou o crime. A arma foi apreendida. Sandra foi atingida por pelo menos três tiros, foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.

A motivação do crime, segundo as investigações, foi uma suposta traição que a família da vítima nega.

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