Dupla suspeita de cometer golpe da “Tela Aberta” em Goiânia é presa no RJ
Fora do horário comercial, a dupla se fingia de funcionários das agências para aplicar golpes e cometer furtos

Dois homens foram presos em ação conjunta da Polícia Civil de Goiás e da Polícia Civil do Rio de Janeiro na terça-feira (26/08) suspeitos de cometer golpes conhecido como “Tela Aberta”. Os investigados foram identificados como Samuel Cordeiro Vicente e Matheus Silva Pizani, e tinham mandados de prisão expedidos pela Justiça de Goiás desde janeiro de 2024. Com uso de documentos falsos, a dupla se passava por funcionários de agências bancárias para praticar furtos mediante fraudes.
A investigação começou após a Delegacia Estadual de Investigações Criminais, por meio do Grupo Antirroubo a Banco, identificar indícios de atuação de uma associação criminosa em Goiânia. Na época, foram constatadas três ações criminosas ocorridas em maio, junho e julho de 2023. O mesmo golpe foi cometido também em Anápolis e em outros cinco estados, sendo Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, além do Distrito Federal.
Golpe da “Tela Aberta”
O esquema, conhecido como “crime de tela aberta”, consistia em enganar clientes que tinham dificuldade para sacar dinheiro nos caixas eletrônicos. Os suspeitos ofereciam ajuda fora do horário de atendimento e, usando identidades falsas, se passavam por funcionários. Ao prestar auxílio propositalmente com erros, faziam a vítima acreditar que o terminal estava com defeito. Em seguida, um dos comparsas conduzia a pessoa para outro caixa, deixando o primeiro terminal aberto para que o segundo investigado realizasse as retiradas.

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Câmeras do circuito interno das agências ajudaram a polícia a comprovar a materialidade dos crimes, a autoria dos investigados e o vínculo associativo entre eles, resultando no indiciamento e na decretação da prisão preventiva.

Os mandados foram cumpridos no Rio de Janeiro, onde os dois também foram presos em flagrante pela prática de delitos semelhantes. Em Goiás, eles respondem pelos crimes de furto mediante fraude e associação criminosa, enquanto no Rio de Janeiro foram autuados pelos crimes de associação criminosa, furto mediante fraude e uso de documento falso.
Após o cumprimento das ordens judiciais, os presos foram recolhidos ao sistema prisional, permanecendo à disposição da Justiça.
A divulgação da identidade dos presos foi realizada nos termos da Lei nº 13.869/2019, da Portaria nº 547/2021 – PCGO, e com base em despacho fundamentado da Autoridade Policial responsável pela investigação, diante da possibilidade concreta de identificação de novas vítimas.
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