Falsidade ideológica

Falsa médica também comercializava anabolizantes e pode pegar 20 anos de prisão

A falsa médica também comercializava anabolizantes em seu consultório

Além de entregar atestados adulterados, a falsa médica que usava CRM de uma profissional homônima em Goiânia como revelado pelo Mais Goiás, também comercializava anabolizantes no consultório que atendia os clientes. A venda dos medicamentos não é permitida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Todos os crimes devem somar aproximadamente 20 anos de prisão, diz William Bretz, delegado responsável pelo caso.

“Ela cometeu diversos crimes. Falsificação de documentos em público. Ela emitia atestados médicos do SUS carimbando com um CRM de uma médica que é homônima a ela”, destacou o delegado em entrevista ao Mais Goiás. “Ela também no local que ela se apresentava como médica e executava procedimentos estéticos, além de emitir atestados quando necessário, ela manipulava diversos medicamentos”, detalhou.

Todas são informações preliminares, aponta o delegado. O caso será apurado e mais crimes podem ser descobertos. O crime foi descoberto como antecipado pelo Mais Goiás após denúncia da verdadeira profissional que tinha o mesmo nome da suposta golpista. “A verdadeira médica nos procurou informando que fomos até o local e deparamos com ela fazendo os atendimetnos”, descreveu.

Xará: falsa médica assumiu identidade de profissional com o mesmo nome

A Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) efetuou a prisão em flagrante de uma falsa médica no começo da tarde desta segunda-feira (30). Renata Costa Ribeiro fazia atendimentos estéticos em Goiânia e região metropolitana e utilizava o CRM de uma outra profissional com nome parecido ao seu: Renata Costa. 

O caso começou a ser desvendado quando uma conhecida que é amiga da verdadeira médica fez um procedimento cirúrgico com Ribeiro. “Ela fez uma lipo e, a partir daí, começou a desconfiar que se tratava de uma falsa médica”, comenta Renata – a vítima – ao Mais Goiás.

Com a similaridade dos nomes, a verdadeira Renata também ficou desconfiada e foi buscar provas de que outra pessoa estava usando seu nome e CRM para se passar por médica. A confirmação veio nesta segunda-feira quando uma amiga consultou junto a Ribeiro.

Ao pedir um atestado, a paciente viu que o número do CRM era semelhante ao que Renata usava. “Nos formamos juntas. O CRM da minha amiga é próximo ao meu e ela me mostrou”, salientou. Ao ver a assinatura, Costa não teve dúvidas: tratava-se do seu registro profissional que estava sendo usado por outra pessoa. Era a prova que precisava.

A vítima chegou a tentar denunciar ao Conselho Regional de Medicina do Estado de Goias (Cremego), mas foi informada que ela deveria buscar as autoridades policiais. No começo da tarde desta segunda-feira, a operação ocorreu por meio da Delegacia Estadual de Investigação Criminal (Deic).

Depois vieram outras descobertas. “Ela tem um jaleco com brasão da Faculdade de Medicina de Mato Grosso, tem um crachá da Maternidade Dona Iris”, destacou. Até às 14h17 desta segunda havia um storie publicado no Instagram com ela ainda em atividade profissional.