Justiça condena mulher que matou bombeiro em Trindade

Francieli Moreno foi condenada a 12 anos por homicídio qualificado, por atira e matar o soldado do Corpo de Bombeiros Rafael Moreira dos Santos, de 34 anos, durante uma discussão, em Trindade. O julgamento ocorreu nesta sexta-feira (22/8), na 1ª Vara Criminal da cidade, e terminou com a decisão do júri popular pela condenação da ré.

O homicídio aconteceu em março de 2023, no Setor Luzia Monteiro, bairro onde o morou por apenas dois meses. Segundo os autos, a acusada confessou ter disparado duas vezes contra o ex-companheiro, pelas costas, mas afirmou em depoimento que teria agido em legítima defesa, alegando ser vítima de agressões.

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Familiares da vítima contestaram a versão de Francieli. Eles afirmam que, após o crime, a Polícia Militar e o socorro médico só foram acionados cerca de duas horas e meia depois, o que agravou ainda mais a situação do soldado.

Rafael chegou a ser socorrido com vida e levado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia. Ele ficou em estado grave, respirando com ajuda de aparelhos, mas não resistiu e morreu oito dias depois.

Histórico de violência

De acordo com familiares da vítima, o relacionamento entre Francieli e Rafael, iniciado em 2022, era marcado por brigas constantes. Uma tia do bombeiro relatou que, em certa ocasião, a mulher chegou a acordar o sobrinho colocando uma faca em seu pescoço.

Amigos celebram condenação

Amigos do bombeiro afirmaram que a condenação representa um alívio após mais de dois anos de espera por justiça. Em postagens nas redes sociais, eles destacaram que a decisão não diminui a dor da perda, mas traz a sensação de que a verdade foi reconhecida. “Nada vai trazer o Rafael de volta, mas pelo menos agora temos a certeza de que a justiça foi feita”, escreveu um deles.

Com a decisão do júri, a Justiça confirmou a condenação da acusada, que agora deve cumprir a pena pelo crime em regime fechado. Ainda cabe recurso.

O Mais Goiás não conseguiu contato com o advogado de defesa para falar sobre a decisão. O espaço segue aberto para posicionamento.

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