JUSTIÇA

MP investiga se houve ajuda para esconder prefeito de Iporá

Naçoitan Leite se entregou à polícia, na manhã de quinta-feira, após ficar cinco dias foragido. Ele é suspeito de atira contra a ex-mulher

O Ministério Público investiga se houve algum tipo de ajuda para que o prefeito de Iporá, Naçoitan Leite (sem partido) fugisse e ficasse por cinco dias foragido. Ele é suspeito de invadir a casa da ex-mulher e disparar pelo 15 vezes contra a porta do quarto em que ela estava.

O órgão investiga ainda se houve algum tipo de negociação entre a Secretaria de Segurança Pública e defesa do prefeito e quais teriam sido o objetivo.

“O Ministério Público não sabe qual foi o objetivo dessa negociação, porque havia um mandado de prisão vigente e o que deveria ser feito era cumpri-lo. Não parece ao MP um procedimento padrão”, explicou o promotor à TV Anhanguera.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de Goiás afirmou que acompanha o caso por meio da Polícia Civil de Goiás e que está à disposição do Ministério Público. “A SSP reafirma seu respeito e estima pela parceria de trabalho constante com órgãos como o Ministério Público de Goiás e o Tribunal de Justiça de Goiás e segue à disposição”, diz a nota.

Prisão

Naçoitan Leite se entregou à Polícia Civil, na manhã de quinta-feira (23), após ficar cinco dias foragido. Ele estava acompanhado pelo advogado de defesa, Thalles Jayme.

O prefeito de Iporá está isolado dos demais presos em virtude das prerrogativas legais reservadas ao ocupante do cargo de chefe do poder Executivo Municipal.

Como os demais, Naçoitan permanece 22 horas em cela e tem direito a 2 horas de banho de sol por dia. Além disso, recebe quatro refeições diárias. São elas: café da manhã, almoço, jantar e ceia.

Crime

O prefeito de Iporá invadiu a casa da ex-mulher no último sábado (18) utilizando de uma caminhonete contra o portão da residência.

Naçoitan Leite invadiu o imóvel, foi até o quarto e atirou contra o casal. Apesar dos vários disparos, as vítimas não sofreram ferimentos.

Após o crime, o delegado responsável pelo caso representou pela prisão preventiva. A Justiça acatou o pedido e determinou a prisão.