Kátia Maria faz balanço da gestão e projeta desafios que Adriana Accorsi terá à frente do PT

Prestes a encerrar seu mandato como presidente estadual do PT em Goiás, cargo que ocupava desde 2019, a vereadora Kátia Maria deixa a direção da sigla com um dado difícil de ignorar. O partido mais que dobrou sua presença no interior durante sua gestão. De 97 diretórios municipais em 2017, passou a 191 em 2024, além de cerca de 30 comissões provisórias.

O número, para os padrões petistas em Goiás, onde o bolsonarismo nada de braçada, é expressivo. Agora, a partir de setembro, ela passa o bastão para a deputada federal Adriana Accorsi.

À coluna, Kátia fez um balanço do período em que esteve à frente da legenda. Lembrou que assumiu o partido em um dos momentos mais difíceis da história recente da sigla, marcado pelo impeachment de Dilma Rousseff, pela prisão de Lula e pela forte criminalização do PT. “Foi um tempo de resistência. Mas conseguimos organizar o partido em todo o estado, ampliar a base e transformar presença institucional em resultado eleitoral”, afirmou.

Os números sustentam o discurso que Katia apresenta. Em 2022, Goiás foi o estado do Centro-Oeste que deu a maior votação proporcional a Lula. Foi também o único da região a eleger dois deputados federais petistas. A bancada estadual cresceu. Em 2024, a legenda ampliou em 25% o número de vereadores eleitos e voltou a ter cadeiras em Aparecida de Goiânia, Anápolis e Goiânia, onde saltou de um para três parlamentares.

Kátia aponta agora para o que vem pela frente. De acordo com ela, Adriana herda um partido mais estruturado, mas com desafios claros. “Ela terá o papel de manter essa ampliação que fizemos no estado e de preparar a chapa para 2026”, afirma. E já projeta metas ambiciosas. “Defendo que temos condição de eleger três deputados federais e cinco estaduais. Esse é o caminho se ela continuar o trabalho que preparamos”, salientou.