Tabata Amaral pede à PF ‘providências cabíveis’ após Gayer publicar fake sobre chuvas no RS
Youtuber chegou a publicar uma corrente disseminada entre a militância bolsonarista nas redes sociais

A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) usou as redes sociais, nesta segunda-feira (11), para pedir que a Polícia Federal (PF) tome providências contra o deputado federal por Goiás, Gustavo Gayer, após o youtuber bolsonarista publicar fake news sobre as chuvas no Rio Grande do Sul.
“Um deputado não pode espalhar fake news de forma tão descarada e depois apagar como se nada tivesse acontecido”, escreveu a parlamentar. “Gustavo Gayer faz uma política suja ao se aproveitar de uma crise humanitária para espalhar mais pânico na nossa população. Que a PF tome as providências cabíveis”, disparou.
O youtuber chegou a publicar uma corrente disseminada entre a militância bolsonarista nas redes sociais. “LULA proíbe que doações para as famílias atingidas no RS sejam entregues até que ele possa chegar para ‘tirar fotos’ [sic] Isso é um absurdo!!”, destacou, mas apagou na sequência.
Trata-se de uma fake news. Diversas autoridades do governo federal utilizaram as redes sociais para desmentir as falsas informações sobre o suposto encerramento de doações para as vítimas dos temporais que atingiram o Rio Grande do Sul.
“Alerta de fake news: É falsa a informação de que doações teriam parado de ser distribuídas em Lajeado (RS) por orientação do Governo Federal. O Governo já destinou R$ 741 milhões para atender as cidades atingidas, e segue dando todo o apoio necessário para os municípios do Rio Grande do Sul”, escreveu a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), na rede social X (antigo Twitter).
Também pelo X, o caso foi citado pelo ministro da Secom, Paulo Pimenta. “Não vamos tolerar nenhuma Fake News. Tentativa de uso político com disseminação de mentiras deve ser denunciada sempre. Respeitem a tragédia e a dor das famílias”, publicou nesta segunda-feira (11) ao se referir à informação falsa que foi divulgada nos últimos dias.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, classificou o caso como “crime” e informou que já está sendo analisado pela Polícia Federal (PF). “Reitero que fake news é crime, não é ‘piada’ ou instrumento legítimo de luta política. Esse crime é ainda mais grave quando se refere a uma crise humanitária, pois pode gerar pânico e aumentar o sofrimento das famílias. A Polícia Federal já tem conhecimento dos fatos e adotará as providências previstas em lei”, escreveu o ministro.