ROTINA

Bolsonaro passa por exames na próxima semana, diz colunista

Ex-presidente vai ao hospital para realizar o procedimento que tem feito todos os anos, desde que levou uma facada em setembro de 2018

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vai passar por uma bateria de exames de rotina em São Paulo (SP), na próxima semana. A informação foi divulgada pela coluna Radar, da revista Veja.

Segundo a publicação, o ex-presidente vai ao hospital para realizar o procedimento que tem feito todos os anos, desde que levou uma facada em setembro de 2018, durante a campanha. O intuito é monitorar a recuperação do organismo.

Desde o evento, Bolsonaro já passou por diversas cirurgias contra obstruções no intestino. Atualmente, a saúde do político é considerada boa.

Neste domingo (25), ele participa de ato na Avenida Paulista, em São Paulo. Na sexta-feira (23), ele reforçou o convite aos apoiadores. O movimento foi organizado após operação da Polícia Federal (PF), que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado para manter o ex-chefe do Executivo Federal no poder.

Na gravação desta sexta, Bolsonaro reitera que se trata de um “ato pacífico pelo nosso estado democrático de direito. Pela nossa liberdade, pela nossa família, pelo nosso futuro”.

Depoimento

Na quinta-feira (22), Bolsonaro permaneceu calado durante oitiva na Polícia Federal (PF), em Brasília, como a defesa dele havia antecipado. Ele ficou apenas alguns minutos no local. A postura ocorre por falta de acesso aos crimes imputados ao ex-presidente, conforme o advogado Paulo Bueno.

O depoimento dele e de outros investigados ocorreram simultaneamente no âmbito da Operação Tempus Veritatis. A ação foi deflagrada no começo do mês e investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito que serviria para Bolsonaro no poder.

Investigação

Como mencionado, o inquérito acontece no âmbito da Operação Tempus Veritatis, deflagrada em 8 de fevereiro. Durante a ação, a PF apreendeu o passaporte do ex-presidente. Além disso, encontrou o que seria a minuta de um discurso de anúncio de decreto de estado de sítio no País no escritório dele, na sede do PL, em Brasília.

Um trecho do documento diz: “Afinal, diante de todo o exposto, e para assegurar a necessária restauração do Estado Democrático de Direito no Brasil, jogando de forma incondicional dentro das quatro linhas, com base em disposições expressas da Constituição Federal de 1988, declaro o estado de Sítio (sic) e, como ato contínuo, decreto operação de garantia da lei e da ordem.”

O estado de sítio suspende temporariamente os direitos e as garantias dos cidadãos. Trata-se de um instrumento utilizado pelo presidente.

Além disso, a operação também impediu o contato do ex-presidente com outros investigados, como presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, que chegou a ser preso. Ao todo, foram 33 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão – inclusive em Goiás.

A investigação derrubou o sigilo de um vídeo de julho de 2022, quando houve uma reunião entre Bolsonaro e seus ministros. À época, eles conversavam sobre como agir antes do pleito daquele ano, questionavam a credibilidade das urnas eletrônicas e acusavam, sem provas, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Reação de Bolsonaro

Em reação a operação, Bolsonaro fez a primeira convocação para o ato na Avenida Paulista, em São Paulo. O objetivo – oficialmente – é ele se defender as acusações no âmbito da investigação. Estão confirmados, pelo menos, três governadores, entre eles Ronaldo Caiado (União Brasil), que quer disputar a presidência com o apoio do ex-presidente.

“No último domingo de fevereiro, dia 25, às 15h, estarei na Paulista realizando um ato pacífico em defesa do nosso Estado Democrático de Direito. Peço a todos vocês que compareçam trajando verde e amarelo. E mais do que isso: não compareçam com qualquer faixa ou cartaz contra quem quer que seja. Nesse evento, eu quero me defender de todas as acusações que têm sido imputada a minha pessoa nos últimos meses. Mais do que discurso, uma fotografia de todos vocês, porque vocês são as pessoas mais importantes desse evento, para mostramos para o Brasil e para o mundo a nossa união, as nossas preocupações e o que queremos”, diz mensagem do ex-chefe do Executivo.