Novo normal

A vida está voltando. E você já voltou?

Gostemos ou não, concordemos ou não, recomendado pelas autoridades sanitárias ou não, o fato é…

Goiás torcida Serrinha
Foto: Heber Gomes

Gostemos ou não, concordemos ou não, recomendado pelas autoridades sanitárias ou não, o fato é que a vida como conhecemos antes do fatídico março de 2020 está voltando. Basta circular pelas ruas para confirmar isso. Muitos usando máscara, muitos deixando o nariz e a boca de fora, um pote de álcool em gel na mesa, um aviso de que todos os protocolos estão sendo observados e a vida acontecendo. Acho que assim dá para resumir aquilo que convencionamos chamar de novo normal.

E você? Já voltou?

De minha parte, ainda não retornei para todas atividades que deixei no mundo pré-pandêmico. Alguns dizem que é excesso de prudência de minha parte, e, no íntimo, sei que chamam de frescura. Entendo quem diz/pensa isso, mas, sabe como é: a vida é minha e pagar meus boletos que é bom, ninguém paga.

Ainda não fui ao estádio ver a um jogo do Goiás. Assisto as partidas pela televisão e olho mais para a torcida do que para o que rola no gramado. Saudade do clima, da ambiência, de tomar umas xingando o bandeirinha e comer um salgado engordurado que deixa o guardanapo transparente que só no estádio tem aquele sabor único.

Também ainda não tive coragem de retornar aos cinemas. Ok, a programação que entrou em cartaz desde que as salas tiveram autorização para retomar as atividades não ajudou muito. Sabe como é, filme de herói não seduz quem tem mais de 14 anos. Na idade real ou mental. E a maioria dos lançamentos foram nessa linha. Mas, por conta da crise de abstinência do escurinho do cinema, toparia até essas débeis obras.

Viajar de avião também ainda não rolou. Não só pelo receio do vírus, mas também e principalmente pelo preço exorbitante das passagens. Quando penso que terei que vender um rim para pagar uma das pernas de trechos que antes desembolsávamos duas ou três centenas de real, me bate um desânimo monstro. Ou medo monstro de encarar a fatura do cartão de crédito após tamanha extravagância. Acho até que dá pra chamar de bom senso monstro, né?

E você aí: qual sua demanda reprimida que ainda não satisfez?

@pablokossa/Mais Goiás | Foto: Heber Gomes