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Crítica: Scooby-Doo – O Filme (2002) – Especial 20 anos

Eu sempre serei um defensor de “Scooby-Doo – O Filme” pois é uma das melhores…

(Foto: Warner Bros.)

Eu sempre serei um defensor de “Scooby-Doo – O Filme” pois é uma das melhores adaptações para live-action de um desenho infantil. O longa não esconde sua natureza cafona e cartoonesca, e abraça o visual colorido de seus personagens e um mistério boboca que faz bastante juz ao seu material fonte.

Scooby-Doo nunca teve a profundidade de um filme investigativo de David Fincher, e esta também nunca foi a intenção. Scooby-Doo é um desenho para criança com uma trama simples e personagens carregados de estereótipos que colaboram para uma diversão descompromissada e divertida.

Scooby-Doo (2002) directed by Raja Gosnell

A Mistério S.A em “Scooby-Doo – O Filme” (Foto: Warner Bros.)

O filme live-action lançado nos cinemas em 2002 entende isso e abraça a natureza pueril do material original. A única ressalva seria apenas com o fato do roteiro aceitar a existência da magia, monstros e etc, e não a ‘farsa’ orquestrada pelos vilões que sempre planejavam o sobrenatural para parecer real e enganar os personagens principais – e que consequentemente eram desmascarados no final. Mas em se tratando de um desenho onde já fizeram crossover com o Batman, então tudo bem! É uma escolha de roteiro que não interfere no espírito fidedigno com o desenho de Hannah Barbera.

Outro acerto é o elenco visualmente parecido e carismático. Freddie Prinze Jr. e Sarah Michelle Gellar são o casal modelo Fred e Daphne, e o roteiro faz questão de brincar com o estereótipo do ‘homem ou mulher linda, mas superficial’.

Linda Cardellini como Velma é pura simpatia, e sem dúvida uma personagem bem mais interessante e divertida do que Daphne (sem falar que é também muito mais bonita aqui no live-action). E Matthew Lillard é, incrivelmente, a maior revelação e acerto do elenco. O ator encarna com maestria os trejeitos do Salsicha e possui uma química ótima, e convincente, com o Scooby-Doo digital.

Rowan Atkinson com Emile Mondavarious em “Soocy-Doo – O Filme” (Foto: Warner Bros.)

Enfim, “Scooby-Doo – O Filme” funcionou quando eu era pre-adolescente, e continua funcionando até hoje. É bobo, é superficial, é cafona e é extremamente infantil, ou seja, é altamente fiel ao desenho animado. E destaque para Rowan Atkinson, nosso eterno Mr. Bean, como o vilão Emile Mondavarious.

Na época certos críticos não gostaram, mas o público recebeu com positividade e o tempo só fez bem para o filme. Defendo e sempre defenderei esta adaptação, que em minha opinião, é divertidíssima e memorável, e que ganhou uma continuação ainda melhor em 2004 com “Scooby-Doo 2: Monstros à Solta” (com várias homenagens a vilões clássicos do desenho). Mais do que recomendado!

Scooby-Doo (2002) - IMDb

(Foto: Warner Bros.)

Scooby-Doo (2002) - IMDb

(Foto: Warner Bros.)

Scooby-Doo – The Movie/EUA – 2002

Dirigido por: Raja Gosnell

Com: Freddie Prinze Jr., Linda Cardellini, Sarah Michelle Gellar, Matthew Lillard, Rowan Atkinson…

Sinopse: Após a Mistério S/A – formada por Fred (Freddie Prinze Jr.), Daphne (Sarah Michelle Gellar), Velma (Linda Cardellini), Salsicha (Matthew Lillard) e Scooby-Doo – resolver um caso em uma fábrica de brinquedos o grupo se desfaz, pois alguns dos membros não suportavam ver Fred creditando sempre para si os feitos mais difíceis. Eles ficam sem se ver por dois anos, até Emile Mondavarious (Rowan Atkinson), o dono de um parque temático chamado “A Ilha do Espanto”, contratar cada um deles para resolver um mistério envolvendo o parque. Porém nenhum deles sabia que cada um dos ex-parceiros também fora contratado, com o grupo se encontrando na hora do embarque e concordando em trabalhar juntos mais uma vez. Ao chegarem à Ilha do Espanto eles são recebidos por Mondavarious, que lhes diz acreditar que alguém jogou uma praga na ilha, pois os jovens chegam normais mas ao saírem são pessoas bem diferentes, muito mais sérios e agressivos. Daphne, Velma e Fred iniciam uma disputa particular para ver quem resolve o caso primeiro, sem imaginarem quem está por trás dos acontecimentos da Ilha do Espanto.