Política

Celular apreendido é o maior terror do mundo de hoje

Celular de ajudante de ordens de Bolsonaro é nitroglicerina pura e pode explodir muita gente. O seu aparelho também seria essa bomba?

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Em 6 pontos, veja relevações sobre Bolsonaro a partir do celular de Mauro Cid (Foto: Foto: Isac Nóbrega - PR)

Celular é o centro da vida contemporânea. Usamos o aparelho pra tudo. Mandar mensagem para amigos, assistir vídeos, ouvir música, ler jornais, escrever notas, agenda de compromissos, alarme pra acordar, bisbilhotar na vida alheia pelas redes sociais, jogar videogame, medir calorias queimadas nos exercícios físicos, afinar instrumentos musicais, nos levar aos compromissos com o GPS, chamar o transporte, consultar o clima, pedir comida, pagar contas, registrar arquivos, ouvir rádio, tirar fotos, gravar vídeos, fazer compras, editar trabalhos… Alguns dizem que o aparelhinho até faz ligações telefônicas, veja só você.

Com esse tanto de funções que usamos nas 24 horas do dia, o celular sabe tudo sobre nós. Mesmo aqueles aspectos pouco nobres de nossa personalidade que escondemos até dos mais íntimos. E é aí que mora o perigo.

A real é que não há reputação que resista caso todo o conteúdo do celular de alguém seja publicizado. Casamentos terminarão, empregos serão perdidos, famílias ficarão destroçadas, pessoas notáveis se transformarão em chorume. É muita informação delicada que o celular sabe e acumula.

Fico imaginando como não anda a cabeça de Jair Bolsonaro e Mauro Cid neste momento, sabendo que a polícia está fuçando em tudo quanto é canto dos aparelhos apreendidos. 

Será que a PF vai checar o histórico de buscas no Google? Sites mais acessados incluindo os proibidões? E se olharem os vídeos assistidos no YouTube? Caso os agentes acessem as músicas mais ouvidas do Spotify, será que ainda sobra a aura de “imbrochável” do ex-presidente? Isso sem falar em coisas e rolos mais graves que os caras podem ter acesso no WhatsApp ou Telegram, né…

Todo remédio para dormir é pouco para dar conta da ansiedade desses dois pobres-diabos.

@pablokossa/Mais Goiás | Foto: Isac Nóbrega/PR