Coluna do Pablo Kossa

Gayer prefere tretas de Brasília do que problemas de Goiânia

Gustavo Gayer parece que desistiu de concorrer ao Paço Municipal para ficar com o furdunço que o Congresso lhe proporciona

Gustavo Gayer e Bolsonaro (Foto: Reprodução)

Gustavo Gayer parece que jogou a toalha. Ao que tudo indica, o deputado federal não irá mais disputar a Prefeitura de Goiânia. A desculpa oficial será uma espécie de convocação de seu guru, o inelegível Jair Bolsonaro, para que ele permaneça no enfrentamento ideológico em Brasília. Na prática, suspeito que há outras coisas por trás.

A real é que ser prefeito dá muito trabalho. E trabalho não é uma coisa que apraz um bolsonarista típico. Os caras gostam do conflito, da briga, da confusão, do furdunço, de chamar os outros de comunistas. Prefeito tem que resolver a coleta de lixo pela Comurg, tapar buraco na 85, arrumar asfalto da Perimetral, botar professor na escola do Novo Horizonte, se preocupar com o horário em que o ônibus passa no ponto da Araguaia.

Entendeu a diferença?

Gayer é figura de proa do bolsonarismo hoje. Tem destaque nacional. A projeção que Brasília lhe dá hoje é infinitamente maior que o potencial de imagem que o Paço oferta. Ele gosta de mídia e lá tem muito mais.

Caso a desistência se confirme, Major Vitor Hugo anda dizendo que encara a disputa. Tenho minhas dúvidas. Acredito que ele coloca seu nome no jogo mais para negociar um espaço privilegiado (vice?) na chapa encabeçada por Sandro Mabel. 

Aguardemos as próximas movimentações.

Por ora, o que dá pra ver é que enquanto a direita se engalfinha entre candidatos que disputam o mesmo eleitorado (Vanderlan Cardoso, Mabel, Rogério Cruz e Gayer ou Major), pela raia da esquerda Adriana Accorsi nada de braçada. 

Melhor pra ela.

@pablokossa/Mais Goiás | Foto: Reprodução