Jânio Darrot vai mesmo conseguir unir a base governista?

Jânio Darrot é o escolhido por Ronaldo Caiado para a disputa à Prefeitura de Goiânia. O empresário que se construiu politicamente em Trindade pode até não estar com o nome na urna eletrônica em outubro. Sabe como é, até as convenções temos alguns meses e muita água vai passar debaixo da ponte. Mas, por ora, Darrot é o cara de Caiado.

Isso significa muito, mas não significa tudo. As pesquisas mostram que o apoio do governador bem avaliado na capital é importante sim, claro. Mas várias perguntas surgem com Darrot em campo.

1- Qual é a real capacidade de transferência de votos de Caiado?

Historicamente, governadores não colhem bons resultados na capital. O último a ser bem-sucedido em Goiânia foi Henrique Santillo apoiando Nion Albernaz. E lá se vão mais de três décadas desse feito.

2- Os aliados goianienses (aka Bruno Peixoto e seus apoiadores) irão se engajar de corpo e alma na busca pelo voto?

O pai de Bruno Peixoto, vereador Sebastião Peixoto, já verbalizou descontentamento com a escolha de Caiado. Cogitou inclusive a candidatura por outra sigla. Mesmo que isso não aconteça e Bruno permaneça na presidência da Alego, não parece que ele está disposto a colar o adesivo de Darrot no peito e sair às ruas pedindo voto.

3- O eleitor endossaria alguém com o perfil de Darrot para o Paço Municipal?

De acordo com pesquisas qualitativas encomendadas pelo Palácio das Esmeraldas, parece que sim. Já segundo as pesquisas quantitativas, Peixoto está milhas e milhas na frente de Darrot. O que, ainda em janeiro, quer dizer muito pouco.

Caiado não pode se dar ao luxo de perder Goiânia. Ele sabe disso. O problema é que as respostas exatas para as perguntas acima só serão conhecidas no final de outubro.

@pablokossa/Mais Goiás | Foto: Divulgação