Coluna do Pablo Kossa

Prêmio da Mega-Sena vai passar raiva em muita gente

Prêmio da Mega-Sena que foi para bolão da lotérica da Vila Nova vai proporcionar tanta frustração que vida de muita gente vai virar um inferno

Prêmio da Mega-Sena que foi para bolão da lotérica da Vila Nova vai proporcionar tanta frustração que vida de muita gente vai virar um inferno
Prêmio da Mega-Sena que foi para bolão da lotérica da Vila Nova vai proporcionar tanta frustração que vida de muita gente vai virar um inferno

Prêmio da Mega-Sena que saiu para o bolão de lotérica de Goiânia já começou a render histórias. O dono do empreendimento da Vila Nova não comprou sua cota de participação e deixou de embolsar R$ 8,6 milhões, valor de cada uma das 24 partes do prêmio total de R$ 206 milhões. Nenhum dos funcionários também comprou. Vão viver amargurados o restante de suas vidas. Como dizem as torcidas organizadas quando o time não está jogando nada: acabou a paz.

Na vida desses pobres diabos, nunca mais haverá sossego. Quem teve chance de participar do bolão e deixou passar, o tormento será companhia eterna. Os números 13-39-55-04-59-18 serão fantasmas assombrando todo momento de respiro, toda encostar da cabeça ao travesseiro, todo banho, todo momento de ócio. Jesus… Que martírio.

Eu tenho como metodologia de vida jamais apostar nada. Nem caixa de cerveja por vitória do Goiás, nem partida de sinuca, nem carteado em família, nem fezinha nesses mil bets da vida que existem por aí. E claro que isso inclui toda jogatina oficial organizada pela Caixa Econômica Federal. Passo longe de qualquer tipo de loteria.

Quando a rapaziada do trabalho organiza bolão nesses prêmios acumulados nem me oferecem mais. Já sabem minha resposta. A real é que não gosto de perder meu tempo sonhando com o que faria se ganhasse aquela montanha de grana.

Ninguém lhe falou até hoje, mas preciso bater uma real incômoda: sonhar é uma baita perda de tempo. Destroçar esperanças com a realidade brutal é uma das minhas funções neste planeta. Desculpe aí qualquer coisa.

Mas ter essa estratégia de vida não impede o sofrimento da chance perdida. Preciso ser sincero: se eu tivesse pagando um boleto na lotérica da Vila Nova e tivessem me oferecido o bolão, claro que teria negado como sempre faço, eu estaria igual ao Didi Mocó tentando rasgar a própria mandíbula com as mãos. Deus me livre carregar esse fardo pelo resto da vida.

E se eu fosse dono da lotérica em questão, jamais organizaria outro bolão. Talvez até fechasse a loja. Como raio não cai duas vezes no mesmo local, a chance maior é que jamais saia da Vila Nova outra premiação tão polpuda. Quem sabe seja um sinal de que está na hora de mudar de ramo…

@pablokossa/Mais Goiás | Foto: Divulgação