FUNCIONALISMO

84% defendem processo seletivo para cargos de chefia no serviço público, diz Datafolha

Para 84% dos brasileiros, deveria haver processo seletivo para definir os ocupantes de cargos de…

84% defendem processo seletivo para cargos de chefia no serviço público, diz Datafolha (Foto: Pixabay)
84% defendem processo seletivo para cargos de chefia no serviço público, diz Datafolha (Foto: Pixabay)

Para 84% dos brasileiros, deveria haver processo seletivo para definir os ocupantes de cargos de chefia no serviço público. Outros 84% veem a avaliação regular de desempenho desses funcionários como muito importante. São dados de uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha entre os dias 9 e 20 de julho. O levantamento tenta compreender a visão que os brasileiros têm das repartições estatais.

Para a esmagadora maioria (76%), são as indicações políticas que definem quem ocupa funções de direção. E o mais preocupante: para 79%, a minoria ou nenhum deles trabalha muito para resolver os problemas da população. O Datafolha ouviu 2.072 pessoas. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

O instituto também perguntou que habilidades e requisitos deveriam ser medidos em processos seletivos no serviço público. Para 88%, um dos três critérios mais importantes é experiência na área de atuação. O processo seletivo baseado em competências foi citado por 79% dos entrevistados —cada pessoa poderia escolher três opções. “Ter valores morais em que eu acredite” aparece em terceiro lugar, com 72%.

No Brasil, se você quiser saber quem são as 22 mil pessoas nomeadas em cargos de confiança, você não sabe. Não há um portal onde tem quais são as vagas, o que elas deveriam fazer, quais os resultados que deveriam entregar para a população e quem são essas 22 mil pessoas”, afirma Weber Sutti, diretor da Fundação Lemann e integrante do Movimento Pessoas à Frente.

Serviço público e iniciativas de medição de desempenho

Weber afirma que há iniciativas isoladas no sentido de avaliar o desempenho de chefias no setor público em estados como Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Sergipe e Ceará. Mas são projetos incipientes e que ainda carecem de consolidação. Diz também que a avaliação de desempenho é um processo que precisa ser implantado de cima para baixo.  Ou seja: começando pelos resultados daqueles que estão no comando e que, muitas vezes, não possuem as capacidades para exercer aquela função.

A pesquisa do Datafolha mostra que 67% da população avalia que todos ou a maioria dos servidores enfrentam problemas com chefes despreparados. Para 55%, a minoria ou nenhum servidor é avaliado com base no que entrega para a sociedade.

Com informações da Folha de S. Paulo.