Voluntariado

86% dos goianos não realizam trabalhos voluntários, revela pesquisa

Uma pesquisa realizada nos primeiros dois meses de 2019 revela que 86% dos goianos nunca…

Uma pesquisa realizada nos primeiros dois meses de 2019 revela que 86% dos goianos nunca realizou um trabalho voluntário. Os dados são do Instituto Goiás Pesquisas, que realizou o estudo em parceria com o Mais Goiás. Ao todo, foram entrevistadas 732 pessoas em todo o estado.

Outro dado revelado pelo estudo é que 52% das pessoas que não realizam trabalho voluntário afirmam não saber onde encontrar informações sobre o tema. Já 29% alegam não ter tempo para realizar esse tipo de atividade. 9% dizem que não confiam em organizações não-governamentais. 7% ressaltam que não possuem habilidades compatíveis com as vagas disponíveis e 3% reclamam da falta de flexibilidade de horários das instituições.

Entre aqueles que realizam trabalhos voluntários, 48% alegam que fazem para se sentirem melhor. Já 21% dizem que desejam mudar o mundo, enquanto 17% afirmam que os motivos são questões religiosas ou humanitárias. Por fim, 12% realizam trabalhos voluntários por questões profissionais e 2% ocupam o tempo livre com a atividade.

Perfil

A pesquisa mostrou que 57% das pessoas que se envolvem são mulheres. 61% possuem vínculos com instituições religiosas ou de caráter humanitário e 25% se envolve com questões relacionadas à defesa e proteção dos animais. Por fim, para 14%, o objetivo é fazer o bem a quem precisa, em qualquer área.

Quanto ao tipo de atividade feita, 67% faz doação de alimentos, roupas ou dinheiro, 20% dedica um de tempo de serviço e 13% doa sangue.

59% das pessoas buscam informações sobre trabalho voluntário na internet, enquanto 27% o faz em instituições religiosas.

Importância

Para Jorge Lima, diretor científico do Instituto Goiás Pesquisas, esse tipo de pesquisa é importante porque mostra que existe possibilidade de crescimento no trabalho voluntário. “O maior ganho de uma pesquisa dessa natureza é visualizamos as múltiplas possibilidades para as práticas do bem se multiplicaram em nossa comunidade”, afirmou.

Jorge acredita também que os resultados mostram que as organizações precisam melhorar o trabalho na comunicação para que mais pessoas interessadas saibam quem procurar ou o que fazer. ”Depende muitas vezes apenas de ajustes na comunicação dessas instituições para a população saber de sua existência e também de como podem contribuir”, concluiu.